A entrada de Borriello não melhorou o ataque |
Pela primeira vez em jogos oficiais no novo estádio a Juventus ficou em branco. Com o sector ofensivo da equipa em tarde francamente desinspirada, os bianconeri não aproveitaram novo deslize do Milan, que empatou em casa defronte do Napoli. O quase desconhecido guardião do Siena, Pegolo, realizou a actuação mais memorável da carreira, podendo ainda a vecchia signora queixar-se de uma grande penalidade não assinalada a seu favor, por mão na bola de Vergassola a cerca de cinco minutos do final da partida.
A táctica do Siena revelou-se simples e objectiva: colocar relativamente próximas duas linhas de quatro homens, tentando minimizar os efeitos da habitual fluidez de jogo bianconero, assente no passe curto e na progressão a toda a largura do terreno. A estratégia surtiu em pleno, graças à excelente capacidade organizativa e de concentração revelada pela formação toscana, perante uma Juve excessivamente dependente do maestro
Pirlo e das subidas dos laterais Lichtsteiner e De Ceglie.
Os highlights:
O Siena não se limitou a defender
muito e bem, tentou sempre que possível a contra-ofensiva, valendo aos bianconeri o grande desempenho da dupla de
centrais. Com o avançar do relógio, aumentou também a ansiedade e a
precipitação entre os juventini,
que começaram a atacar sofregamente, desguarnecendo a retaguarda. Barzagli
e Chiellini chegaram para quase todas as encomendas, mas não conseguiram
impedir, aos 86', o remate forte de Gonzalez, que Buffon não conseguiu
encaixar, permitindo a recarga de Gazzi a poucos metros da linha final.
Felizmente, a bola passou por cima do travessão...
É muito fácil depois do jogo
terminar questionar se Conte fez bem em regressar ao esquema de 4-3-3 após as
recentes boas prestações do 3-5-2. Também se pode ver a situação de outra
forma, isto é, com Marchisio, Pepe e Vucinic plenamente recuperados, seria
difícil de perceber caso não fossem opções para o onze. O caricato da questão é
que o extremo voltou a lesionar-se, saindo ainda antes do intervalo, após
actuação bastante apagada, entrando Giaccherini que, desta vez, não conseguiu
manter os altos níveis exibicionais revelados no mês passado. Pior fez ainda o
montenegrino, em tarde completamente deplorável, nada lhe saiu bem, pecando
apenas por tardia a sua substituição. Infelizmente o seu substituto, Borriello,
não conseguiu fazer melhor. Quanto a Il Principino evidencia um momento de forma a
anos-luz das estrondosas perfomances exibidas na primeira metade da
temporada. Preocupante. Com Vidal demasiado ansioso e precipitado não basta a
singular capacidade organizativa de Pirlo, é necessário o verdadeiro Marchisio
para verticalizar e materializar a matriz de jogo bianconera. A rever, já na
quarta-feira, em San Siro,
diante do Milan, na primeira mão da meia-final da Coppa Italia.
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