quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Craques Bianconeri: Alessio Tacchinardi

Alessio Tacchinardi foi uma das grandes referências da chamada era Lippi na Juventus.
Nascido a 23 de Julho de 1975 em Crema na região da Lombardia, Alessio cedo deu nas vistas ao serviço da Atalanta e no Verão de 1994 com apenas 19 anos a Juventus avançava para a sua contratação, Tacchinardi era visto como um promissor centrocampista e a aquisição do seu passe encaixava-se perfeitamente na renovação que a Juve estava a efectuar encabeçada com a vinda do novo treinador Marcello Lippi.
A primeira época não poderia ter corrido melhor a Alessio, a Juve depois de jejum de 9 anos vencia o scudetto nº 23, conquistava a Taça de Itália e a temporada só não foi perfeita porque a final da Taça UEFA foi perdida para o Parma. Em termos individuais jogou em 38 partidas na soma das três competições, número muito significativo se pensarmos na forte concorrência que tinha, Paulo Sousa, Deschamps, Conte e Marocchi, jogando ainda a sua 1ª partida pela nazionale azzurra nessa mesma temporada.
Nas três épocas seguintes os títulos continuaram a ser conquistados em grande força pela vecchia signora e Tacchinardi apesar de ser apenas opção e alternativa aos titulares nunca deixou de ser peça importante nas seguintes conquistas: Champions (1996), Supertaça Intercontinental (1997), Supertaça Europeia (1997), Campeonatos de Itália (1997 e 1998) e Supertaças de Itália (1995 e 1997).
Com o fim da 1ª era Lippi em 1999, partia pouco depois também Deschamps para o Chelsea e Tacchinardi chegava finalmente a titular indiscutível da Juventus fazendo durante alguns anos uma dupla poderosa no meio campo bianconero com o holandês Davids. Ancelotti não teve sucesso no comando da Juve e voltava Lippi em 2001 regressando a signora aos títulos nessa mesma temporada com a conquista de mais um scudetto, feito que se repetiria na temporada seguinte sempre com a tal dupla Tacchinardi-Davids como um dos grandes destaques da squadra pelo seu futebol combativo e aguerrido, muito fortes fisicamente e evoluídos no plano técnico-táctico.
Em 2003 Tacchinardi disputaria a sua 3ª final da Champions desta vez com o Milan,a 1ª em 1997 frente ao Dortmund e a 2ª em 1998 com o Real Madrid mas, mais uma vez a sorte nada quis com os bianconeri que perdiam mais uma final de forma amarga. Em 2004 chegava Capello e o espaço de Tacchinardi foi-se cada vez mais reduzindo no seio da equipa, já que Capello apenas o encarava como alternativa e na época seguinta com a vinda de Vieira o seu destino ficaria traçado com o empréstimo ao Villarreal depois de 11 épocas ao serviço da Juventus...
Em Espanha jogaria duas temporadas cedido por empréstimo sempre a nível bastante aceitável tendo regressado a Turim no último defeso.
Ranieri não contava com ele para esta temporada e acertou-se a rescisão amigável de contrato tendo Tacchinardi assinado pouco depois pelo Bréscia da Série B onde tem sido uma das grandes figuras da equipa e da própria competição tentando ajudar a equipa liderada por Cosmi a voltar à Série A.
Em jeito de balanço pode-se dizer que Tacchinardi ficará na história bianconera como uma das principais figuras dos anos de ouro de Lippi, sendo ainda um dos jogadores que mais vezes envergou a camisola juventina, 404 vezes (14º de sempre) apontando 14 golos. Na selecção italiana jogou por 13 ocasiões, nunca tendo tindo a chance de disputar qualquer fase final. Na selecção sub 21 sagrou-se campeão europeu em 1996.

4 comentários:

Anónimo disse...

JP,
Nossa. Estou estupefata ao saber que Tacchinardi defendeu a Juve bem 404 vezes! Um número bem expressivo, mesmo.

Sabe porque nunca me esqueço dele? Porque nascemos no mesmo dia, no mesmo ano! E futebolisticamente falando, acompanhei bem as 'Juves de Lippi' e sempre via Tacchinardi como um jogador que compunha bem com o Davids o meio campo dos bianconeri. Ao contrário do holandês, ele nunca foi marcador de gols, mas suas intrvenções eram sempre precisas.

Fico feliz ao vê-lo tão ativo no Brescia. E espero que ele, junto com seu time retorne na próxima temporada à Serie A"

Abraços e parabéns pelo 'craque' escolhido. Homenagem mais do que justa.

Rodolfo Moura disse...

JP,
Sempre gostei muito do Tacchinardi, que considero o 'alter-ego' do 'rossonero' Albertini.
Lamentei muito sua ida para a Espanha e torço para que o Brescia volte à Serie A, palco ideal para a classe do Tacchinardi.
Abraços,

João Caniço disse...

Cyntia, é verdade, Tacchinardi tem um excelente número de jogos pela Juventus, 14º de sempre é obra! Bem, isso de aniversário no mesmo dia que ele é muito interessante, vou apontar ;)
Sim, ele e Davids faziam uma excelente dupla de meio campo, uma das melhores que já vi actuar na Juventus, enquanto Tacchinardi era mais um jogador posicional de cariz mais defensivo e de passe curto, Davids era um 'todo o terreno', complementavam-se excepcionalmente bem na minha opinião.
Também espero que ele prossiga em grande no Bréscia e que no fim consiga o regresso à Série A mais que merecido para um jogador da sua categoria.
Abraços

João Caniço disse...

Rodolfo, mais uma vez concordo plenamente contigo, também sempre encontrei muitos paralelismos entre Albertini e Tacchinardi e não gostei nada da sua saída da Juventus para Espanha... mesmo ainda hoje considero que ele ainda poderia ser uma alternativa no actual plantel, afinal ainda tem apenas 32 anos, não está mesmo no fim de carreira... e ele tem provado isso mesmo com excelentes exibições e golos no Bréscia e também espero que consiga regressar à Série A, mais que justo para um jogador da sua classe.
Abraços