sábado, 3 de março de 2012

Titubeante

Actuação confrangedora de Vucinic
A Juventus entrou em campo pressionada pouco depois de o Milan ter despachado o Palermo na Sicília por quatro bolas a zero. Sem Pepe e Vidal castigados, Conte arriscou um quase inédito 4-4-2 com Padoin e Giaccherini sobre as faixas e a dupla atacante a ser formada por Vucinic e Matri. A exibição bianconera foi pobre, sendo notória a falta de frescura física e a frágil capacidade de envolvimento ofensivo, ou seja, pouca dinâmica. Apesar de invicta, é o quinto empate caseiro da vecchia signora perante equipas de menor nomeada. Preocupante.

A mudança táctica não trouxe grandes resultados práticos já que o Chievo apresentou-se bastante organizado e concentrado, reduzido com efectividade os caminhos para a baliza de Sorrentino que, das poucas vezes que foi chamado a intervir, se mostrou eficaz e seguro. Perante este cenário truncado lá surgiu o pé direito mágico de Pirlo para desbloquear a situação. Pontapé livre cobrado de forma exímia para Chiellini raspar na bola, levando a mesma a esbarrar no poste e a encaminhar-se na direcção de De Ceglie que, em posição duvidosa, não se fez rogado e recargou de cabeça com sucesso. Quase um golo caído do céu.

Apanhados em desvantagem os gialloblù adiantaram ligeiramente as suas linhas, equilibrando a partida a meio-campo e criando um ou outro embaraço a Buffon. Nada digno de registo, pelo menos até ao intervalo. Do lado juventino há a destacar um remate cruzado de Padoin para óptima estirada de Sorrentino, a tremenda desinspiração de Vucinic e a saída forçada de Barzagli devido a lesão muscular.

A vecchia signora entrou bem no recomeço, parecendo querer dar mostras de resolver rapidamente a questão. Sol de pouca dura. O entusiasmo inicial foi-se esbatendo e, a pouco e pouco, o Chievo foi-se tornando mais contínuo no ataque à baliza de Buffon. As ameaças sucediam-se e Conte entendeu por bem regressar ao esquema de três centrais, fazendo entrar Cáceres, retirando Marchisio e, pasme-se, deixando em campo o letárgico Vucinic, assobiado sem compaixão pelos tifosi cada que vez que tocava no esférico.

A substituição nada resolveu, bem pelo contrário. A Juventus recuou em demasia, colocando-se a jeito e acabou, naturalmente, por sofrer o golo da igualdade, numa transição rápida da formação de Verona, beneficiando de falhas de marcação graves do sector defensivo bianconero, materializado pelo sinistro cruzado de Dramé, não obstante o esforço do aselha Bonucci, verdadeiramente patético na tentativa de corte, acabando apenas por confirmar o golo.

Em desespero, Conte lançou Del Piero para o quarto de hora final. Uma ou outra deambulação de il capitano e um tiro de Pirlo, superiormente parado por Sorrentino, foram insuficientes para evitar a perda de dois preciosos pontos. O treinador juventino tem muitas ilações a retirar desta partida. O confronto da próxima quarta-feira, em Bologna, para acerto de calendário, assume contornos de decisivo.

Os highlights:

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