quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Balanço de Inverno

Conte protagoniza o melhor arranque de temporada juventina pós-Calciocaos
Positivo e promissor. Este é o balanço realista que deve ser feito da primeira metade da temporada bianconera. Sem entrar em euforias e ambições desmedidas não me parece de todo exagerado afirmar que sim, esta Juventus é efectivamente candidata à conquista do scudetto por tudo aquilo que demonstrou até ao momento. Favorita não será certamente, esse papel parece reservado ao campeão em título, AC Milan, com a vecchia signora a poder considerar-se um outsider de peso que, ao mínimo deslize dos rossoneri, poderá assumir a liderança da competição, ainda para mais com a equipa de Allegri envolvida em força na disputa da Champions, factor que poderá equilibrar a contenda, devido ao natural desgaste sofrido caso atinja fases mais avançadas da prova. Não convém minimizar para já Udinese e Lazio que têm efectuado provas dignas de registo, como a reduzida diferença pontual para o duo da frente bem o demonstra. No entanto, é expectável que a pouca profundidade dos plantéis friulani e biancocelesti não lhes permita lutar de igual contra o poderio bianconero e rossonero, acabando muito naturalmente por se contentarem com a luta por um lugar na Liga dos Campeões, atentos certamente à recuperação pontual que Inter, Napoli e Roma possam vir a encetar. 

Centremo-nos agora na análise à Juventus. Após duas temporadas desastrosas em termos desportivos e financeiros tornou-se essencial um novo recomeço em 2011/12. Antonio Conte, antigo jogador e referência do clube nas últimas duas décadas, foi o escolhido para treinar a equipa, valor seguro ao qual se somou a imponência de um novo e moderno estádio que tem funcionado como 12º jogador no apoio inexcedível a uma squadra reformulada com várias contratações de grande qualidade que não se tardaram a afirmar como peças nucleares, casos de Pirlo, Lichtsteiner, Vidal e Vucinic, titulares indiscutíveis no novo 4*3*3 de Conte, juntando-se aos ressurgidos Buffon, Barzagli, Pepe e, em particular, ao craque Marchisio (talvez a principal figura da época juventina até ao momento). Após começo precário como central, Chiellini foi desviado para a posição de origem, lateral-esquerdo, voltando de imediato às boas prestações, abrindo espaço para a entrada no onze de Bonucci, ainda algo verde mas sem comprometer por aí além e com potencial para se afirmar como referência na posição. Matri tem sido a opção prioritária para a frente de ataque e, depois de uma sequência concretizadora, parece andar longe das redes adversárias. E assim temos aquilo que podemos chamar o onze-base de Antonio Conte, uma equipa madura, consistente, organizada, que impõe um jogo positivo e ofensivo, praticando futebol a toda a largura do terreno, valendo-se acima de tudo da enorme complementaridade de atributos técnicos e físicos do seu trio de centrocampistas (Pirlo, o cerebral; Marchisio, o versátil e Vidal, o dinâmico), sem esquecer a perseverança de Pepe, o virtuosismo de Vucinic, a força de Lichtsteiner, a garra de Chiellini, a segurança de Buffon, a solidez de Barzagli, a abnegação de Matri e a impetuosidade de Bonucci. 

É certo e sabido que é extremamente redutor falar apenas do onze titular numa equipa de futebol. São necessárias alternativas de qualidade e, felizmente, a Juventus possui algumas delas no seu plantel. Os extremos Giaccherini e Estigarribia têm correspondido sempre que chamados à acção. Quagliarella parece totalmente recuperado da grave lesão que sofreu há cerca de um ano e assume-se como a principal alternativa para a frente de ataque, sem esquecer o mito Del Piero, ainda com força e talento para ajudar a equipa. De Ceglie perdeu a titularidade na lateral-esquerda, mas é sempre opção a ter em linha de conta, tal como Pazienza para o meio-campo ou Storari para a baliza. Depois, surgem as desilusões. Krasic e Elia à cabeça. No papel seriam os titulares nas faixas ofensivas. As suas prestações explicam a razão da pouca utilização. Alguém percebeu a razão do resgate do passe de Motta? Ainda não actuou um único minuto. Os jovens Sorensen e Marrone também pouco mais jogaram. Não seria de bom tom cedê-los por empréstimo na segunda metade da temporada de forma a poderem evoluir? Outra questão pertinente é a permanência do veterano Grosso no plantel enquanto Ziegler foi cedido ao Fenerbahçe. E o que dizer então de Amauri, Iaquinta e Toni? Antes sequer de se equacionar o reforço do plantel no mercado de Janeiro já se deveriam ter resolvido estes quatro casos de jogadores excedentários que auferem ordenados bem acima da média.

Por falar em reforços torna-se prioritário dotar a equipa de mais soluções em vários sectores. Com a utilização de três centrocampistas sobra apenas Pazienza como opção efectiva e apenas para o vértice mais recuado, tornando-se assim essencial a contratação de um médio de transição que possa funcionar como alternativa a Marchisio e Vidal. Em final de contrato com a Fiorentina e com enorme disponibilidade para sair tem sido veiculado com insistência o nome de Montolivo, centrocampista versátil e titular na nazionale. Como opção o colombiano Guarin, relegado ultimamente para a condição de suplente no FC Porto, fortíssimo fisicamente e detentor de forte remate. Chiellini parece de pedra e cal na lateral esquerda, com De Ceglie como opção. Posto isto, surgem apenas Barzagli e Bonucci como elementos válidos no eixo da defesa, não sendo de estranhar as notícias que dão conta da iminente contratação de Cáceres, defesa uruguaio que já passou pela Juventus na temporada 2009/10 emprestado pelo Barcelona. A confirmar-se a contratação junto do Sevilha, seria não apenas uma alternativa a considerar para a posição de central, como também para a lateral direita. Finalmente, para a frente de ataque tem sido especulado o nome de Borriello, suplente na Roma e que terá alegadamente recusado transferir-se para a vecchia signora em Agosto de 2010. Não é um jogador que aprecie particularmente, tem algumas características interessantes, mas a confirmar-se a situação descrita na frase anterior não se deveria sequer equacionar a sua vinda para Turim. Se há Matri, Quagliarella e Del Piero, mais Vucinic que pode perfeitamente alinhar como ponta-de-lança não seria mais consentâneo passar a contar com Iaquinta, que está em final de contrato e sempre envergou a maglia bianconera com todo o profissionalismo, do que ponderar a contratação de alguém como Borriello?

Há 62 anos que a Juventus não concluía as primeiras 16 jornadas do campeonato sem qualquer derrota, o que comprova a solidez e maturidade dos comandados de Conte. No entanto, o elevado número de igualdades, 7, impede a formação
juventina de se destacar na liderança da tabela classificativa. Se formos analisar friamente em termos estatísticos reparamos que 34 pontos são pecúlio escasso para o futebol apresentado. A moral desce ainda mais quando comparamos com os desempenhos pós-Calciocaos. Ranieri conseguiu 32 e 33 pontos em 2007 e 2008 respectivamente, enquanto que Ferrara e Del Neri se ficaram pelos 30 nas temporadas seguintes. Pequenas diferenças que poderiam desmotivar de imediato os mais pessimistas. Convém ressalvar que a Juventus já actuou como visitante no Meazza perante o Inter, no Olímpico frente à Lazio e à Roma, no San Paolo contra o Napoli e no Friuli com a Udinese como oponente. Tudo isto sem conhecer o amargo sabor da derrota e sabendo de antemão que terá o fervoroso apoio dos tifosi bianconeri nas partidas da segunda volta perante as equipas mais fortes da competição. Falta aqui apenas o Milan, naquela que será a saída mais complicada da segunda metade da temporada. Jogo do ano e/ou do título? 

sábado, 24 de dezembro de 2011

Boas Festas

Líder da Série A sem derrotas. Vai ser grande o natal bianconero e 2012 afigura-se muito promissor

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Desperdício

Os highlights:

Udinese 0 - 0 Juventus

Mais uma partida em branco para Matri
Série A 2011/12
1ª jornada
Estádio Friuli em Udine
Árbitro: Tagliavento
Assistência: 35 mil espectadores

Udinese (3*5*1*1): Handanovic; Ferronetti, Danilo e Domizzi; Basta, Isla, Pinzi, Asamoah e Armero; Abdi (86' Flores); Di Natale.
Treinador: Guidolin.
Não utilizados: Padelli, Piccoli, Pasquale, Doubai, Fabbrini e Pereyra.
Disciplina: cartão amarelo a Basta, Pinzi e Isla.

Juventus (4*3*3): Buffon; Lichtsteiner, Barzagli, Bonucci e Chiellini; Marchisio, Pirlo e Vidal; Pepe (80' Del Piero), Matri (71' Quagliarella) e Estigarribia (89' De Ceglie).
Treinador: Conte.
Não utilizados: Storari, Pazienza, Giaccherini e Elia.
Disciplina: cartão amarelo a Vidal.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Escasso

Giaccherini, um dos mais perdulários da tarde
Festival de golos perdidos!

Os highlights:

Juventus 2 - 0 Novara

Pepe e Quagliarella sentenciaram a partida
Série A 2011/12
16ª jornada
Juventus Stadium em Turim
Árbitro: Gervasoni
Assistência: 24 mil espectadores

Golos: 4' Pepe e 75' Quagliarella

Juventus (4*4*2): Buffon; Lichtsteiner, Barzagli, Chiellini e De Ceglie; Pepe, Pirlo (80' Pazienza), Marchisio e Giaccherini; Del Piero (64' Estigarribia) e Quagliarella (77' Matri).
Treinador: Conte.
Não utilizados: Storari, Sorensen, Elia e Krasic.
Disciplina: cartão amarelo a Giaccherini.

Novara (5*3*2): Ujkani; Morganella, Dellafiore (21' Paci), Centurioni, Ludi e Gemiti; Marianini (55' Porcari), Radovanovic e Rigoni; Rubino (77' Mazzarani) e Meggiorini.
Treinador: Tesser.
Não utilizados: Fontana, Pinardi, Pesce e Granoche.
Disciplina: cartão amarelo a Marianini e Centurioni.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Super 'Gigi'

Os highlights:

Roma 1 - 1 Juventus

Buffon defendeu penalty de Totti, garantindo preciosa igualdade
Série A 2011/12
15ª jornada
Estádio Olímpico em Roma
Árbitro: Orsato

Golos: 6' De Rossi; 61' Chiellini

Roma (4*3*1*2): Stekelenburg; Taddei, De Rossi, Heinze e Angel; Viviani (58' Simplicio), Pjanic (74' Perrotta) e Greco; Lamela; Totti e Osvaldo (86' Borriello).
Treinador: Luis Enrique.
Não utilizados: Lobont, Rosi, De Cesare e Caprari.
Disciplina: cartão amarelo a Pjanic, Greco e De Rossi.

Juventus (4*3*3): Buffon; Lichtsteiner, Barzagli, Bonucci e Chiellini; Pirlo, Marchisio e Vidal; Pepe (86' Elia), Matri (67' Quagliarella) e Estigarribia (72' Giaccherini).
Treinador: Conte.
Não utilizados: Storari, De Ceglie, Pazienza e Del Piero.
Disciplina: cartão amarelo a Vidal, Bonucci e Quagliarella.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Marchisio resolve

Marchisio é a Juventus 2011/12
Foi difícil ultrapassar a autêntica parede de betão formada por Agliardi. O guardião do Bologna esteve em noite verdadeiramente inspirada, mas como vem sendo hábito, lá estava Il Principino para decidir a contenda a favor dos bianconeri. Mais um golo magnífico, o sétimo nesta stagione.

Os highlights:

Juventus 2 - 1 Bologna (após prolongamento)

Apesar das visíveis mazelas Del Piero esteve em bom plano, faltando apenas o merecido golo 
Taça de Itália
Oitavos-de-final
Juventus Stadium em Turim
Árbitro: Peruzzo
Assistência: 25 mil espectadores

Golos: 90' Giaccherini e 102' Marchisio; 90'+6 Raggi

Juventus (4*4*2): Storari; Sorensen, Barzagli, Bonucci e De Ceglie; Krasic (65' Elia), Marrone (79' Marchisio), Pazienza e Giaccherini; Del Piero e Quagliarella (68' Estigarribia).
Treinador: Conte.
Não utilizados: Manninger, Chiellini, Pepe e Toni.
Disciplina: cartão amarelo a Bonucci e Pazienza.

Bologna (4*3*2*1): Agliardi; Crespo, Raggi, Loria e Garics (56' Morleo); Pulzetti, Perez (64' Khrin) e Taider; Gimenez (84' Paponi) e Vantaggiato; Acquafresca.
Treinador: Piolo
Não utilizados: Lombardi, Portanova, Casini e Coda.
Disciplina: cartão amarelo a Taider, Loria, Raggi e Acquafresca.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Paciência

Faltam-me adjectivos para descrever as qualidades e o momento de forma de Il Principino
Conte tinha dado antecipadamente o repto. O jogo com o Cesena é um daqueles onde se tem muito a perder e nada a ganhar. Previsão certíssima. Durante 72 longos minutos os adeptos bianconeri questionavam-se: Como empurrar um autocarro estacionado em frente à baliza do veterano Antonioli? A resposta sintética encontra-se no título deste texto.

O desafio foi de sentido único. Pouca história, portanto. Juventus com domínio quase total, enorme diferença na posse de bola e muitas chances de golo desperdiçadas. Pazienza estreou-se a titular, beneficiando da ausência do castigado Pirlo. Fazendo jus ao nome e à exibição juventina actuou como um verdadeiro relógio suíço, inexcedível no passe cadenciado para o dinâmico Vidal e para o versátil Marchisio. Apesar da boa prova, não fez esquecer o habitual maestro. 

Em tarde francamente desinspirada esteve Matri, completamente desastrado na finalização, acabando por não surpreender a precoce entrada de Quagliarella para o seu lugar. Pepe não conseguiu voltar a ser decisivo como nas últimas partidas e o próprio Vucinic mostrava-se algo fatigado, saindo também cedo da partida para dar lugar ao azarado Del Piero, vítima de entrada assassina de Rossi. Il capitano não ganhou para o susto. Teve que sair de imediato e passar pelo hospital onde foi suturado com oito pontos na cabeça.

O lance que envolveu a lesão de Del Piero acabou por ser apenas um exemplo da péssima arbitragem realizada pela equipa liderada por Doveri. Livres perigosos transformados em pontapés de canto. Pontapés de canto que passaram a pontapés de baliza. Barreiras a cinco-seis metros das marcas onde se cobravam os livres. De tudo um pouco se viu, mas quem assistiu ao jogo certamente se perguntará como é que Rossi conseguiu acabar a partida. Um amarelo é demasiado redutor para quem distribuiu pancada sem o menor pudor. O penalty assinalado a Antonioli e consequente vermelho são ridículos. Não há rigorosamente nada sobre Giaccherini. Em suma, arbitragem péssima. 

Voltando à paciência, merece amplo destaque a forma concentrada como a Juventus actuou até ao golo inaugural. Sem nunca perder a cabeça, nem arriscar demasiado, mais uma prova de grande maturidade. Palavra final para Marchisio, o obreiro do empurrão ao autocarro. Com um trabalho técnico notável, retirou um adversário da frente, disparando de pé esquerdo, forte e colocado, para mais um golo magnífico. O sexto da temporada e o décimo sexto pelos bianconeri. Lippi afirmou esta semana que Il Principino é um verdadeiro fora de série, ao nível dos grandes centrocampistas europeus como Gerrard e Lampard. Corroboro a opinião e complemento: Marchisio é a grande figura da Juventus e do futebol italiano nesta temporada.

Os
highlights:

Juventus 2 - 0 Cesena

Entrada desastrosa de Rossi obrigou Del Piero a sair antecipadamente do jogo
Série A 2011/12
14ª jornada
Juventus Stadium em Turim
Árbitro: Doveri
Assistência: 26 mil espectadores

Golos: 72' Marchisio e 83' (g.p.) Vidal

Juventus (4*3*3): Buffon; Lichtsteiner, Bonucci, Barzagli e Chiellini; Vidal, Pazienza e Marchisio; Pepe, Matri (50' Quagliarella) e Vucinic (56' Del Piero, 63' Giaccherini).
Treinador: Conte.
Não utilizados: Storari, De Ceglie, Estigarribia e Krasic.
Disciplina: nada a assinalar.

Cesena (4*4*2): Antonioli; Rossi, Von Bergen, Rodriguez e Lauro; Ghezzal, Guana, Parolo e Martinho (78' Candreva); Bogdani (46' Malonga, 78' Eder) e Mutu.
Treinador: Arrigoni.
Não utilizados: Calderoni, Ricci, Benalouane e Djokovic.
Disciplina: cartão amarelo a Ghezzal e Rossi. Cartão vermelho a Antonioli aos 83'.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Invencível

Os highlights:

Napoli 3 - 3 Juventus

Pepe novamente decisivo
Série A 2011/12
11ª jornada
Estádio San Paolo em Napoli
Árbitro: Tagliavento
Assistência: 55 mil espectadores

Golos: 22' Hamsik, 40' e 68' Pandev; 48' Matri, 72' Estigarribia e 79' Pepe

Napoli (3*4*2*1): De Sanctis; Campagnaro, Cannavaro e Aronica (76' Fernandez); Maggio, Inler, Gargano e Zuniga (87' Dossena); Hamsik e Lavezzi; Pandev (71' Santana).
Treinador: Mazzarri.
Não utilizados: Rosati, Fideleff, Dzemaili e Mascara.
Disciplina: cartão amarelo a Hamsik, Maggio e Pandev.

Juventus (4*3*3): Buffon; Lichtsteiner, Barzagli, Bonucci e Chiellini; Vidal, Pirlo e Pepe (85' Pazienza); Vucinic (90'+1 Del Piero), Matri (89' Quagliarella) e Estigarribia.
Treinador: Conte.
Não utilizados: Storari, De Ceglie, Krasic e Giaccherini.
Disciplina: cartão amarelo a Bonucci, Lichtsteiner, Matri e Vidal.

Prova de fogo

Marchisio é baixa de vulto para o San Paolo
Após vitórias categóricas perante Milan, Inter e Lazio eis o derradeiro teste de afirmação das reais capacidades e objectivos da Juventus: a deslocação ao San Paolo para defrontar o Napoli, terceiro classificado na temporada passada, em momento de forma exuberante na Champions e a precisar de um triunfo para encurtar distâncias para os bianconeri

A única dor de cabeça para Conte prende-se com a ausência de Marchisio, suspenso com um jogo de castigo após série de quatro cartões amarelos. A opção mais óbvia para substituir Il Principino passa por Pazienza, que se estrearia assim como titular pela Juventus, ainda para mais no terreno da sua antiga equipa. Com o sistema táctico perfeitamente entrosado e consolidado não é de prever qualquer surpresa nesse aspecto. A equipa funciona como colectivo e cada um dos jogadores que tem alinhado como titular nos últimos encontros sabe exactamente o que fazer dentro de campo. Assim, será mais fácil a entrada de Pazienza no onze. Longe da versatilidade de Marchisio, poderá ser peça fundamental de contenção a meio-campo, especialmente atento às deambulações de Hamsik, o jogador mais influente na manobra ofensiva da formação partenopea, sem minimizar naturalmente, a poderosa dupla atacante formada por Cavani e Lavezzi.

Em perspectiva um grande jogo de futebol entre dois potenciais candidatos ao scudetto. Ao Napoli só a vitória interessa, o que colocará eventualmente mais pressão para o seu lado. Um triunfo catapultaria a Juve para a liderança isolada, conferindo-lhe estatuto de efectivo candidato ao título e de anti-Milan, já que os partenopei quedar-se-iam a 12 pontos, praticamente irrecuperáveis. 

sábado, 26 de novembro de 2011

Pragmático

Os highlights:

Lazio 0 - 1 Juventus

Pepe voltou a decidir a contenda no Olímpico
Série A 2011/12
13ª jornada
Estádio Olímpico em Roma
Árbitro: Rocchi 

Golo: 34' Pepe

Lazio (4*3*1*2): Marchetti; Konko, Stankevicius, Diakité e Radu; Brocchi (46' Gonzalez), Ledesma e Lulic (71' Sculli); Hernanes; Rocchi (64' Cissé) e Klose.
Treinador: Reja.
Não utilizados: Carrizo, Scaloni, Biava e Cana.
Disciplina: cartão amarelo a Ledesma e Sculli.

Juventus (4*3*3): Buffon; Lichtsteiner, Bonucci, Barzagli e Chiellini; Vidal, Pirlo e Marchisio; Pepe (80' Estigarribia), Matri (83' Quagliarella) e Vucinic (65' Giaccherini).
Treinador: Conte.
Não utilizados: Storari, De Ceglie, Pazienza e Del Piero.
Disciplina: cartão amarelo a Marchisio.

domingo, 20 de novembro de 2011

Intratável

Buffon decisivo perante Ilicic
Juventus intensa, ambiciosa, organizada e combativa. São vários dos adjectivos com que se pode classificar a espectacular perfomance dos bianconeri perante o Palermo. Triunfo sem discussão de uma squadra que vai crescendo jogo a jogo. 

Entrada fortíssima da vecchia signora, disposta a resolver o desafio o mais rápido possível. Destaque para Lichtsteiner, forte como um touro na lateral direita. De volta às boas exibições também esteve Chiellini e quase marcava após cruzamento açucarado de Pirlo. Um dos preferidos das bancadas, Marchisio, em momento de forma extraordinário, quase marcava numa recarga, mas seria Buffon o garante da inviolabilidade juventina ao deter as tentativas de Ilicic em três ocasiões durante o primeiro tempo. Super Gigi!

O largo domínio no jogo e na posse de bola não demorou até ser traduzido no marcador, ainda que de forma algo improvável. Chiellini arrancou bom cruzamento e Pepe, desmarcado entre os centrais, a cabecear para o fundo das redes! À passagem da meia-hora grande pontapé de Pirlo, com a bola a esbarrar no poste da baliza de Tzorvas. 

Conte parece ter acertado com a táctica e com o posicionamento dos jogadores. Vucinic é garantia de imprevisibilidade e versatilidade na meia-esquerda. O esforçado Pepe é sempre sinónimo de enorme disponibilidade física e táctica enquanto que ao dinâmico Vidal falta apenas melhorar na capacidade de decisão, seja ao nível do passe, do remate ou da desmarcação. Marchisio e Pirlo exibem um entrosamento tal que parecem já jogar juntos há muitos anos. Complementaridade notável entre os dois centrocampistas. Não peçam a Matri grandes jogadas colectivas, muito menos individuais, mas depois de uma primeira parte francamente desinspirada, ele lá estava no início da segunda metade para corresponder ao pedido de desmarcação de Lichtsteiner e concluir à ponta-de-lança, com toda a eficácia.

O jogo parecia ganho e realmente assim estava, mas a Juventus não se deteve, continuando pé a fundo em busca de mais golos. Vucinic abria o livro na meia-esquerda. Grande remate em arco que tirou tinta ao poste esquerdo da baliza do guardião grego. Pouco depois, jogada e assistência do montenegrino para Marchisio finalizar tranquilamente. E vão cinco tentos para il principino

Muito tempo ainda para jogar, aproveitado por Conte para lançar Quagliarella, Pazienza e Del Piero. Depois de 22 (!) dias sem qualquer partida oficial torna-se importante conferir ritmo de jogo aos jogadores, ainda para mais quando aí vem novo grande duelo, no Olímpico frente à Lazio, co-líder do Calcio, mais uma prova de fogo para os bianconeri

Os highlights:

Juventus 3 - 0 Palermo

E vão 5 golos para Il Principino
Série A 2011/12
12ª jornada
Juventus Stadium em Turim 
Árbitro: Bergonzi
Assistência: 40 mil espectadores

Golos: 20' Pepe, 48' Matri e 65' Marchisio

Juventus (4*2*3*1): Buffon; Lichtsteiner, Barzagli, Bonucci e Chiellini; Pirlo e Marchisio (77' Pazienza); Pepe, Vidal e Vucinic (67' Quagliarella); Matri (81' Del Piero).
Treinador: Conte.
Não Utilizados: Storari, Elia, De Ceglie e Giaccherini.
Disciplina: nada a assinalar.

Palermo (4*3*2*1): Tzorvas; Pisano, Silvestre, Cetto (59' Della Rocca) e Balzaretti; Migliaccio, Bacinovic e Barreto; Bertolo (46' Zahavi) e Ilicic; Miccoli.
Treinador: Mangia.
Não Utilizados: Benussi, Mantovani, Munoz, Acquah e Varela.
Disciplina: cartão amarelo a Balzaretti e Pisano.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

37

Tanti Auguri Capitano!
Aplaudido de pé no Bernabéu e em Old Trafford. Só ao alcance dos foras-de-série.

sábado, 29 de outubro de 2011

Temos equipa!

Golaço de Marchisio sentenciou o derby d'Italia
Grande Juve! Estrondosa exibição de uma squadra que vem crescendo a olhos vistos, conforme se comprovou esta noite no Meazza pela maturidade e confiança com que se adaptou às contingências do jogo nas duas distintas metades. Com este triunfo os bianconeri mantêm a liderança isolada na tabela classificativa e deixam o maior rival a 11 pontos!

Entrada fortíssima do Inter em jogo, pressing alto, sufocante, remetendo a vecchia signora para a sua última linha defensiva. Cambiasso ainda assustou o regressado Buffon, mas a Juve recompôs-se e não tardou a explanar com mestria a contra-ofensiva. Lichtsteiner cavalgou pela direita e cruzou rasteiro para o desvio de Matri esbarrar no substituto Castellazzi. Vucinic estava atento e não desperdiçou a hipótese de recarga. 

O Inter tremeu e esteve perto da queda livre já que Matri dispôs de duas boas ocasiões sobre a meia-esquerda logo após o tento de Vucinic. Depois do quarto-de-hora o jogo estabilizou, mais bola para o Inter, que pressionava a Juve bem perto da sua área, obrigando os bianconeri a terem que jogar de forma mais directa. E, com alguma dose de fortuna à mistura, os nerazzurri empatavam perto da meia-hora. Remate forte de Maicon a desviar em Bonucci e a surpreender Buffon.

O golo animou Maicon que, logo de seguida, cruzou de forma açucarada para um cabeceamento fulgurante de Pazzini. Valeu o travessão da baliza de Buffon para evitar males maiores, era a vez da Juventus abanar, mas por pouco tempo. Transição rápida, tabelinha entre Marchisio e Matri, com o centrocampista a rematar seco e colocado, sem a mínima hipótese para Castellazzi. Como é belo o futebol quando é jogado de forma simples. E Marchisio não deu a estocada final no Inter apenas porque Rizzoli não viu ou não quis assinalar um derrube evidente de Castellazzi. Penalty e expulsão perdoados aos nerazzurri.

E como foi diferente a segunda parte. A Juventus baixou o ritmo de jogo, juntou as linhas, amordaçando quase por completo o ataque do Inter, que se revelou impotente para suplantar a bem organizada defensiva bianconera. As alterações promovidas por Ranieri não surtiram qualquer efeito  e seriam os substitutos do lado juventino, Estigarribia e Del Piero, a desfrutarem das melhores ocasiões de golo na etapa complementar.

Vitória justíssima da melhor equipa em campo. A próxima rodada com a visita ao terrível San Paolo em Napoli será, talvez, a verdadeira prova de fogo para esta Juventus. Em caso de bom desempenho então sim, está confirmado, temos candidato ao scudetto!

Os
highlights:

ROUBO!

Apesar da vitória bianconera não se pode deixar passar em claro um erro de arbitragem verdadeiramente escandaloso que poderia ter tido influência decisiva no vencedor do encontro.



Minuto 40. Marchisio surge completamente isolado perante Castellazzi, pica a bola sobre o guardião e tenta ladeá-lo, mas é nitidamente derrubado. Penalty e vermelho perdoados ao Inter! É de salientar que a Juventus já vencia por duas bolas a uma, tendo-lhe sido negada ocasião soberana para aumentar a vantagem, sem esquecer que iria ficar a jogar com mais um elemento. Assim não, Rizzoli!

Inter 1 - 2 Juventus

Marchisio e Conte exultam, a Juventus está de volta
Série A 2011/12
10ª jornada
Estádio Giuseppe Meazza em Milão
Árbitro: Rizzoli
Assistência: 78 mil espectadores

Golos: 28' Maicon; 12' Vucinic e 33' Marchisio

Inter (4*3*1*2): Castellazzi; Maicon, Lúcio, Chivu e Nagatomo; Zanetti, Cambiasso e Obi (64' Stankovic); Sneijder (78' Alvarez); Pazzini e Zarate (46' Castaignos).
Treinador: Ranieri.
Não utlizados: Orlandoni, Cordoba, Jonathan e Milito.
Disciplina: cartão amarelo a Chivu e Sneijder.

Juventus (4*1*4*1): Buffon; Lichtsteiner, Barzagli, Bonucci e Chiellini; Pirlo; Pepe, Vidal (89' Pazienza), Marchisio e Vucinic (84' Del Piero); Matri (70' Estigarribia).
Treinador: Conte.
Não utlizados: Storari, De Ceglie, Elia e Quagliarella.
Disciplina: cartão amarelo a Bonucci, Vidal, Chiellini, Pepe e Pirlo.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Encorajador

Os highlights:

Juventus 2 - 1 Fiorentina

Recarga oportuna de Bonucci
Série A 2011/12
9ª jornada
Juventus Stadium em Turim
Árbitro: Orsato
Assistência: 36 mil espectadores

Golos: 13' Bonucci e 65' Matri; 58' Jovetic

Juventus (4*2*3*1): Storari; Lichtsteiner, Barzagli, Bonucci e Chiellini; Pirlo e Marchisio; Pepe (87' De Ceglie), Vidal (88' Pazienza) e Vucinic (77' Estigarribia); Matri.
Treinador: Conte.
Não utilizados: Manninger, Elia, Del Piero e Quagliarella.
Disciplina: cartão amarelo a Marchisio.

Fiorentina (4*2*3*1): Boruc; De Silvestri, Gamberini, Natali e Pasqual; Munari e Behrami; Cerci (46' Gilardino), Kharja (84' Silva) e Vargas (71' Llajic); Jovetic.
Treinador: Mihajlovic.
Não utilizados: Neto, Nastasic, Romulo e Lazzari.
Disciplina: cartão amarelo a Behrami, Munari e Natali. 

sábado, 22 de outubro de 2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Fim de um ciclo

Ciao capitano
O anúncio de Andrea Agnelli surpreendeu apenas os mais desatentos. Os quase 37 anos de idade de Del Piero, acrescidos de uma cada vez maior e natural fragilidade física, aliados a uma compreensível estratégia de renovação do plantel justificam a tomada de posição clara e inequívoca por parte do presidente da Juventus. No entanto, decorridas apenas seis jornadas da nova temporada, parece-me um anúncio bastante prematuro, roçando a injustiça e falta de reconhecimento para com o mítico capitão juventino que há 19 temporadas consecutivas prestigia a maglia bianconera

Muitos se interrogam sobre qual será a resposta de Pinturicchio. Para já apenas o silêncio e acredito que a melhor e única reacção será dada dentro de campo. Como sempre. Depois da grave lesão de Udine, das injustificadas acusações de doping, do coro de críticas após a final do Euro'2000, do banco de suplentes com Capello, da queda na Série B,... depois de todos esses momentos menos bons, Del Piero soube reerguer-se e responder como fazem os grandes campeões. Em campo, com inúmeros golos, com magníficas exibições, com títulos. E Del Piero é, e sempre foi, um grande campeão. Certamente manterá o silêncio como profissional exemplar que é. Como juventino continuará a fazer tudo ao seu alcance para prestigiar o emblema que orgulhosamente representa desde 1993. Com o qual bateu todos os recordes de presenças e golos. Com o qual assumiu papel decisivo na conquista de 17 títulos colectivos. Com o qual se afirmou como um dos melhores jogadores mundiais nas últimas duas décadas.

Para os mais atentos certamente que se recordam do que aconteceu com Nedved. O anúncio da sua saída da Juventus foi apenas veiculado no final da temporada 2008/09. Embora o checo mantivesse ainda grande parte das qualidades intactas e não deixasse de ser uma das principais figuras da squadra bianconera, não foi convidado a renovar. Muitos questionaram a decisão dos responsáveis bianconeri. Situação semelhante poderá acontecer com Del Piero daqui a uns meses, só que desta vez já estará maturada e pensada, não só pelos dirigentes, como, e em especial, pelos adeptos. Agnelli criou uma polémica desnecessária e precoce que poderia condicionar o desempenho da equipa durante a temporada. Digo poderia porque Conte já se apressou a minimizar e a rebater a questão e Del Piero, apesar do silêncio, quererá certamente despedir-se da Juventus pela porta grande, com o 8º scudetto pessoal e o 30º do clube no bolso!

domingo, 16 de outubro de 2011

Acidentado

Cabeceamento no poste de Del Piero. Melhor ocasião de todo o encontro.
A Juventus desperdiçou a oportunidade de se isolar na liderança da Série A ao não conseguir melhor que um nulo na deslocação ao Bentegodi de Verona. Partida predominantemente táctica, bastante disputada a meio-campo e extremamente intensa, sendo de lamentar as lesões de Giaccherini, Sardo e Morero. O extremo bianconero sofreu uma rotura muscular e deverá ficar ausente dos relvados durante algumas semanas.

Conte seguiu a lógica "em equipa que ganha não se mexe" mantendo a confiança em Krasic, mas o sérvio não correspondeu, voltando a realizar actuação bastante descolorida. É preocupante o precário arranque de temporada de Krasic, visto que foi a principal figura da vecchia signora na época passada e já se especula com a sua saída no próximo mercado de Inverno.

Destaque positivo para a solidez da retaguarda juventina. Barzagli está num momento de forma exuberante, Chiellini voltou com sucesso à posição de origem, Lichtsteiner é sólido que nem uma rocha, Bonucci evidencia sinais de evolução no seu jogo e Buffon parece completamente recuperado das sucessivas e arreliadoras lesões. Perante este cenário foi difícil ao Chievo levar perigo à baliza bianconera. Um pontapé livre de Pellissier para defesa a dois tempos de Buffon e uma bola salva por Del Piero sobre a linha de golo na sequência de um pontapé de canto foram o magro pecúlio ofensivo da equipa visitada.

Verdade seja dita que a produção atacante da Juventus não foi muito melhor. A chave de praticamente todo o processo ofensivo passa pelo pé direito de Pirlo e quando il Metronomo realiza actuação mais discreta toda a equipa se ressente. Mérito para o Chievo que soube preencher e pressionar eficazmente a zona de acção de Pirlo. Com Vucinic obrigado a recuar no terreno para ter jogo, Vidal confuso e Pepe apenas lutador explica-se a tarde pouco inspirada do ataque bianconero. O herói da última rodada, Marchisio, voltou a exibir-se em bom plano e esteve perto do golo num sinistro que tirou tinta ao poste, mas seria o seu substituto, Del Piero, a desperdiçar a melhor ocasião do jogo. Palo clamoroso! O gesto técnico foi perfeito, mas o cabeceamento não levou a melhor direcção, com a bola a esbarrar no poste da baliza de Sorrentino. Azar para il capitano...

Partida complicada de dirigir para De Marco com vários casos polémicos, mas no essencial decidiu bem, merecendo nota muito positiva.

A rever: processo ofensivo. Conte tem trabalho extra para fazer durante a semana. A Juventus tem que produzir mais e com melhor qualidade no último terço do terreno. Para além disso têm que se questionar as opções do treinador. Porque Del Piero não entrou mais cedo? Quagliarella é carta fora do baralho? Elia foi encostado ou está em processo de adaptação? Finalmente, acredito que Matri não foi lançado no jogo devido à lesão de Giaccherini. Não fora isso e seria quase uma certeza a sua entrada para os minutos finais da partida.

Os highlights:

Chievo 0 - 0 Juventus

Giaccherini entrou e saiu lesionado
Série A 2011/12
7ª jornada
Estádio Marcantonio Bentegodi em Verona
Árbitro: De Marco
Assistência: 22 mil espectadores

Chievo (4*3*1*2): Sorrentino; Sardo (20' Frey), Morero (69' Mandelli), Cesar e Jokic; Bradley, Rigoni e Hetemaj; Sammarco (60' Cruzado); Thereau e Pellissier.
Treinador: Di Carlo.
Não Utilizados: Puggioni, Vacek, Moscardelli e Paloschi.
Disciplina: cartão amarelo a Thereau, Morero, Sammarco, Mandelli e Sorrentino.

Juventus (4*1*4*1): Buffon; Lichtsteiner, Barzagli, Bonucci e Chiellini; Pirlo; Krasic (55' Giaccherini, 79' Estigarribia), Vidal, Marchisio (70' Del Piero) e Pepe; Vucinic.
Treinador: Conte.
Não Utilizados: Storari, De Ceglie, Pazienza e Matri.
Disciplina: cartão amarelo a Pepe e Chiellini.

domingo, 2 de outubro de 2011

"Água mole em pedra dura...

Marchisio abre, finalmente, a contagem!
... tanto bate até que fura!" Bem que se pode utilizar este ditado popular para sintetizar a partida entre a Juve e o Milan, com os bianconeri a dominarem por completo praticamente todo o encontro, desperdiçando várias ocasiões soberanas de golo até perto do apito final, altura em que a estrelinha da sorte, finalmente, bafejou os juventini com os dois golos do triunfo. Um ressalto e um frango, ambos consumados por Marchisio, conferiram inteira justiça ao marcador e asseguraram a manutenção da liderança na Série A.

Conte, excelente motivador, apostou forte no reforço do meio-campo, com Pirlo ligeiramente recuado em relação a uma linha de quatro centrocampistas. O antigo rossonero voltou a realizar exibição magistral, bem complementado por Marchisio e Pepe. Quem voltou a desiludir foi Krasic, bastante apagado, substituído no início da segunda parte pelo endiabrado Giaccherini, que dinamizou bastante o flanco esquerdo. Dinâmica também não falta a Vidal, sempre em alta rotação, faltou sobretudo concentração e discernimento no remate e último passe. Chiellini voltou à posição original de lateral esquerdo, fazendo esquecer as últimas precárias actuações. Barzagli continua em grande forma, assumindo-se como o patrão do sector defensivo, tendo formado óptima dupla com Bonucci, factor decisivo na noite quase descansada de Buffon. Apenas uma defesa digna de registo para o portiere juventinoNão fossem os monumentais assobios cada vez que o traidor Ibrahimovic tocava no esférico e parecia que o sueco nem tinha estado no relvado...

Partida extremamente táctica, com transições bastante rígidas e elaboradas, futebol rendilhado e de pé para pé. Milan expectante, Juve com a iniciativa. Vucinic foi sempre um quebra-cabeças para o último reduto rossonero e, apenas por manifesta falta de fortuna, não furou as redes de Abbiati. Profissionalismo, garra e atitude competitiva não faltaram no desempenho bianconero, pecando apenas por tardia a explosão festiva dos golos. Abbiati, o travessão e ansiedade excessiva no momento da finalização impediram a obtenção de uma vitória mais expressiva. De qualquer modo é um sucesso retumbante perante o campeão em título, apaga os dois últimos empates e relança a Juventus na luta pelos lugares cimeiros. Scudetto? Ainda é cedo para previsões, mas a manter-se o futebol apresentado na noite de hoje é possível sonhar com esse desiderato.

Os highlights:

Juventus 2 - 0 Milan

A bola já passou por entre as pernas de Abbiati. Está consumada a vitória bianconera
Série A 2011/12
6ª jornada
Juventus Stadium em Turim
Árbitro: Rizzoli
Assistência: ?? mil espectadores

Golos: 87' e 90'+3 Marchisio

Juventus (4*1*4*1): Buffon; Lichtsteiner, Barzagli, Bonucci e Chiellini; Pirlo; Krasic (54' Giaccherini) Marchisio, Vidal (90'+4 Pazienza) e Pepe; Vucinic (88' Matri).
Treinador: Conte.
Não utilizados: Storari, Grosso, Elia e Del Piero.
Disciplina: cartão amarelo a Pirlo.

Milan (4*3*1*2): Abbiati; Bonera, Nesta (71' Antonini), Thiago Silva e Zambrotta; Van Bommel, Nocerino (83' Ambrosini) e Seedorf; Boateng; Cassano (61' Emanuelson) e Ibrahimovic.
Treinador: Allegri.
Não utilizados: Amelia, De Sciglio, Aquilani e Inzaghi.
Disciplina: cartão amarelo a Boateng e Nesta. Cartão vermelho por acumulação de amarelos a Boateng aos 88'.