quarta-feira, 7 de abril de 2010

'Calciocaos' reaberto? Juventus exige igualdade de tratamento.

A Federação Italiana de Futebol (FIGC) pondera reabrir o processo Calciocaos, que ditou a descida de divisão da Juventus e a consequente perda dos scudetti conquistados em 2005 e 2006, estando à espera de novas provas, que estão a ser investigadas pelo tribunal de Nápoles.

Depois de ter provocado a descida de divisão da Juventus, o caso centra-se agora no Inter, após terem sido reveladas escutas telefónicas datadas de Janeiro de 2005, tendo como protagonistas Paolo Bergamo, na altura responsável pela nomeação dos árbitros da Série A, e os dois principais dirigentes do Inter na época: Giacinto Facchetti (falecido em 2006) e o angelical Massimo Moratti (accionista maioritário do clube).

Os dirigentes do Inter terão falado com o líder da arbitragem antes e depois do jogo com a Sampdoria, disputado no dia 9 e as conversas recaíram sobre a escolha e a actuação do árbitro Paolo Bertini. Os nerazzurri venceram a partida por três bolas a duas, mas chegaram a ter dois golos de desvantagem. Martins reduziu a diferença aos 88 minutos de jogo, Vieri fez o empate no primeiro minuto de compensação e Recoba garantiu o triunfo no terceiro minuto do tempo extra.

As escutas telefónicas que envolvem o Inter surgiram como parte da defesa de Luciano Moggi ao processo civil que decorre no tribunal de Nápoles. O antigo director-geral da Juventus alegou que todas as equipas mantinham contactos com árbitros. Recorde-se que Moggi foi suspenso por 5 anos de toda e qualquer actividade no dirigismo desportivo.

Entretanto, a Juventus emitiu no site oficial do clube o seguinte comunicado: "No pleno respeito das actividades relacionadas ao processo em curso, a Juventus avaliará cuidadosamente com os seus advogados a eventual relevância das novas provas introduzidas no processo conduzido em Nápoles a fim de garantir, como sempre fez, a protecção mais cuidada da sua história e dos seus adeptos.
A Juventus confia que as instituições e os órgãos de justiça saberão garantir igualdade de tratamento a todos, como aliás o clube e os seus defensores exigiram no decorrer do processo desportivo de 2006."

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