Desilusão sobre o apito final

Faltava pouco mais de 1 minuto para terminar a partida no Bentegodi em Verona, com a Juve a preparar-se para conquistar uma preciosa vitória, isto após cerca de 40 minutos com menos uma unidade em campo, num claro excesso de juízo por parte do árbitro Bergonzi. Eis então que um cruzamento aparentemente inofensivo é desviado por Constant, abrindo uma brecha entre Bonucci e Sorensen, letalmente aproveitada por Pellissier, capitão e máximo goleador do Chievo na Série A com 67 golos.

Aquilani recuperou e foi titular. A surpresa foi a ausência de Sissoko, aparentemente lesionado. Estará o maliano de saída da Juve? Com Felipe Melo castigado e Marchisio lesionado, foi o jovem Giandonato o substituto, infeliz num dos lances capitais do encontro.

Os juventini entraram mal na partida, cedendo o controlo do desafio à equipa visitada. Foi necessária uma grande penalidade contra (Moscardelli parece partir de posição ilegal), magistralmente parada por Storari, para a equipa despertar da sonolência. Krasic e Aquilani assumiam as rédeas do desafio a meio-campo, com Iaquinta e Quagliarella a soltarem-se das marcações na frente.

Aos 28', rara subida de Sorensen pela direita, servido por Quagliarella, a estoirar no poste da baliza de Sorrentino! Pontapé de canto na sequência, lance confuso, com Quaglia a aplicar um formidável remate acrobático, à meia-volta, apontando um golo de belo efeito! Juve in vantaggio! O mais difícil parecia estar conseguido!

Juve mantém o ritmo e a atitude na segunda metade. Óptimo cabeceamento de Quagliarella para excelente defesa do guardião gialloblù. Parecia questão de tempo o segundo golo, mas existem imponderáveis no futebol. Giandonato é expulso, após derrubar Constant. Del Neri tenta manter o equilíbrio da equipa, derivando Pepe para o centro do terreno e fazendo entrar Salihamidzic para a esquerda. Quagliarella é sacrificado.

O Chievo tem mais posse de bola, mas é pouco perigoso graças a um notável espírito combativo da Juventus. A mobilidade de Krasic deixa em sentido o último reduto contrário. Primeiro, assiste primorosamente Iaquinta, que desperdiça na cara de Sorrentino. Depois, tem uma arrancada monumental, uns bons 60 metros, ultrapassando vários adversários, entre os quais o guarda-redes, falhando apenas na finalização. Uma pena, teria sido um golo do outro mundo...

A Juve não matou o jogo e como diz o velho ditado futebolístico quem não mata, morre... Perdida oportunidade soberana de reduzir a desvantagem para o líder Milan para apenas 3 pontos. A entrada em 2011 será efectuada com 5 pontos de atraso, mas com muita confiança e esperança num ano risonho. O balanço da primeira metade da temporada é positivo. Boas férias natalícias.

O vídeo com os highlights do último desafio do ano: