Num assomo de fúria e raiva, pergunto-me como é que é possível que a Juventus tenha perdido este jogo com o Palermo? Com frieza e lucidez, encontro três respostas inequívocas e clarificadoras: falhas de marcação incríveis nos dois golos sofridos, quatro ou cinco oportunidades soberanas de golo desperdiçadas e um penalty do tamanho da Sicília que só os invisuais e o execrável Morganti não viram!
A Juve entrou receosa na partida, exibindo um claro défice de confiança, não demorando os rosaneri a aproveitaram-se desse factor para se colocarem em vantagem. Jogada de contra-ataque conduzida pelo exímio Pastore a libertar-se de Marchisio e Aquilani, servindo Miccoli com grande classe. O pequeno bombardeiro beneficia de grosseiro erro de marcação de Grygera e ilude Buffon, passando-lhe a bola por entre as pernas. Os bianconeri não reagem à desvantagem e acabam por sofrer o segundo golo à passagem dos 20'. Pontapé de canto curto, com Cassani a cruzar tenso para a entrada de cabeça de Migliaccio, antecipando-se vitoriosamente a Chiellini.
Krasic dá então uma sapatada na letargia bianconera. O extremo sérvio protagoniza uma arrancada fulgurante pela meia-direita, combinando com Del Piero que coloca Matri na cara de Sirigu. Péssima finalização do novo reforço juventino a desperdiçar de forma clamorosa. O lance animou a Juve, que passou a pressionar insistentemente sobre o último reduto contrário. Surge então o penalty escandaloso de Bovo, uma mão na bola clara e transparente como a água. Os bianconeri protestam furiosamente, mas Morganti nada assinala. Ainda mal refeito do lance onde viu cartão amarelo e Marchiso marca um golo de raiva, aproveitando uma defesa incompleta de Sirigu. A partida estava reaberta.
A toada do encontro mantém-se até ao intervalo. O Palermo responde em esporádicos contra-ataques, estando perto de marcar num deles por intermédio de Pastore. Em cima do apito para o descanso é Matri que volta a desperdiçar.
O primeiro quarto de hora do segundo tempo é electrizante com a Juve a sufocar por completo o Palermo! Krasic oferece o golo a Matri valendo o calcanhar salvador de Bovo. Estreia infeliz do antigo jogador do Cagliari. Aquilani e Marchisio dominam o meio-campo e Krasic abre brechas sobre a direita. Del Piero fica a centímetros do empate e logo a seguir é Krasic que estoira no travessão! O domínio avassalador dos bianconeri durante este período não é traduzido em efeitos práticos e as substituições de Del Neri saem furadas, em especial a troca de Sissoko por Aquilani. É verdadeiramente incrível o número de passes errados do centrocampista maliano em todos os jogos. Felipe Melo também não esteve melhor nesse aspecto e disso se ressentiu bastante o jogo da vecchia signora.
Rechaçada a pressão, o Palermo respira agora com maior confiança, os contra-ataques saem venenosos e por pouco não aumenta a vantagem em duas ou três ocasiões. Canto do cisne para Martínez. Grande assistência de Marchisio, com o uruguaio, em plena pequena área, a fazer o mais difícil, atirar contra Sirigu...
Palavra final para os estreantes. A ansiedade poderá ter traído Matri. Bem nas movimentações e na leitura do jogo. Péssimo na finalização. Boa estreia de Barzagli. Sem culpas nos golos, seguro e sóbrio.
Parma, Nápoles, Roma, Udinese e agora Palermo. 5 derrotas em 8 jogos. Queda livre em 2011. 8º lugar na tabela. Fora da Coppa. Champions por um canudo. Calciocaos continua a ser pago com juros elevados. Número de lesões verdadeiramente absurdo. Opções de mercado discutíveis. Em síntese, o triste retrato do actual momento da Juventus.
O vídeo com os principais lances do Renzo Barbera:
A Juve entrou receosa na partida, exibindo um claro défice de confiança, não demorando os rosaneri a aproveitaram-se desse factor para se colocarem em vantagem. Jogada de contra-ataque conduzida pelo exímio Pastore a libertar-se de Marchisio e Aquilani, servindo Miccoli com grande classe. O pequeno bombardeiro beneficia de grosseiro erro de marcação de Grygera e ilude Buffon, passando-lhe a bola por entre as pernas. Os bianconeri não reagem à desvantagem e acabam por sofrer o segundo golo à passagem dos 20'. Pontapé de canto curto, com Cassani a cruzar tenso para a entrada de cabeça de Migliaccio, antecipando-se vitoriosamente a Chiellini.
Krasic dá então uma sapatada na letargia bianconera. O extremo sérvio protagoniza uma arrancada fulgurante pela meia-direita, combinando com Del Piero que coloca Matri na cara de Sirigu. Péssima finalização do novo reforço juventino a desperdiçar de forma clamorosa. O lance animou a Juve, que passou a pressionar insistentemente sobre o último reduto contrário. Surge então o penalty escandaloso de Bovo, uma mão na bola clara e transparente como a água. Os bianconeri protestam furiosamente, mas Morganti nada assinala. Ainda mal refeito do lance onde viu cartão amarelo e Marchiso marca um golo de raiva, aproveitando uma defesa incompleta de Sirigu. A partida estava reaberta.
A toada do encontro mantém-se até ao intervalo. O Palermo responde em esporádicos contra-ataques, estando perto de marcar num deles por intermédio de Pastore. Em cima do apito para o descanso é Matri que volta a desperdiçar.
O primeiro quarto de hora do segundo tempo é electrizante com a Juve a sufocar por completo o Palermo! Krasic oferece o golo a Matri valendo o calcanhar salvador de Bovo. Estreia infeliz do antigo jogador do Cagliari. Aquilani e Marchisio dominam o meio-campo e Krasic abre brechas sobre a direita. Del Piero fica a centímetros do empate e logo a seguir é Krasic que estoira no travessão! O domínio avassalador dos bianconeri durante este período não é traduzido em efeitos práticos e as substituições de Del Neri saem furadas, em especial a troca de Sissoko por Aquilani. É verdadeiramente incrível o número de passes errados do centrocampista maliano em todos os jogos. Felipe Melo também não esteve melhor nesse aspecto e disso se ressentiu bastante o jogo da vecchia signora.
Rechaçada a pressão, o Palermo respira agora com maior confiança, os contra-ataques saem venenosos e por pouco não aumenta a vantagem em duas ou três ocasiões. Canto do cisne para Martínez. Grande assistência de Marchisio, com o uruguaio, em plena pequena área, a fazer o mais difícil, atirar contra Sirigu...
Palavra final para os estreantes. A ansiedade poderá ter traído Matri. Bem nas movimentações e na leitura do jogo. Péssimo na finalização. Boa estreia de Barzagli. Sem culpas nos golos, seguro e sóbrio.
Parma, Nápoles, Roma, Udinese e agora Palermo. 5 derrotas em 8 jogos. Queda livre em 2011. 8º lugar na tabela. Fora da Coppa. Champions por um canudo. Calciocaos continua a ser pago com juros elevados. Número de lesões verdadeiramente absurdo. Opções de mercado discutíveis. Em síntese, o triste retrato do actual momento da Juventus.
O vídeo com os principais lances do Renzo Barbera:
2 comentários:
Um time que escala Felipe Melo, Sissoko e Martínez ao mesmo tempo tem é que perder mesmo. Ano passado, com Ferrara e Diego, estávamos em situação um pouco melhor e os dois foram execrados. A temporada acabou de modo frustante e os donos trouxeram um treinador e um diretor esportivo com a mentalidade de time pequeno. Enquanto o Milan traz Cassano, Emanuelson e Van Bommel, a Inter contrata Pazzini, Marotta trouxe Luca Toni nessa janela de inverno. Acho que isso explica tudo. Time pequeno (como Marotta e Del Neri vêem a Juve) não passa do meio da tabela mesmo.
Pois é, Bruno, considerações pertinentes que tendo a concordar na generalidade. Esta temporada está mais que perdida e só por um milagre a Juventus conseguirá a qualificação para a 'Champions'. É altura da direcção repensar seriamente todo o projecto para a equipa de futebol senão vamos estar muitos e dolorosos anos sem vencer nada! É perigoso tomarem-se decisões ao sabor da espuma do momento, em 'cima do joelho'. É imperioso pensar com clareza o rumo desportivo que a Juventus deve seguir. Só espero que a inauguração do novo estádio no próximo Verão traga de volta um pouco do velho espírito da 'vecchia signora'.
Abraços
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