A Juventus cedeu por empréstimo Amauri ao Parma até final da temporada, desfecho lógico e previsível para um jogador que há cerca de 2 anos não exibe um futebol minimamente consentâneo com o valor que os bianconeri dispenderam pelo seu passe (22,8 milhões de euros), nem tão pouco com o salário que aufere (3,5 M € anuais).
Depois de cinco temporadas de aprendizagem em vários emblemas de menor expressão do Calcio, Amauri destacou-se finalmente ao serviço do Chievo na época 2005/06, apontando 11 golos na Série A, requisitos suficientes para o Palermo pagar 4 M € pelo seu passe. Disputa duas óptimas temporadas na Sicília, afirmando-se como a principal figura de uma equipa em nítida ascensão na hierarquia do futebol italiano. O bom futebol exibido, aliado a um número considerável de golos obtidos, convenceram a Juventus a apostar forte na sua contratação.
Os primeiros 6 meses em Turim justificaram o elevado investimento, com Amauri a corresponder às expectativas, marcando golos e efectuando exibições de bom nível. A entrada em 2009 marca o início de uma queda abrupta de rendimento, coincidente com a enorme especulação em torno da selecção nacional que iria representar, Brasil ou Itália.
A temporada de 2009/10 manteria a mesma linha. Poucos golos e escassas actuações de qualidade levaram a um cada vez maior descrédito entre os adeptos bianconeri relativamente às capacidades do número 11 juventino.
A temporada em curso até começou de forma promissora para Amauri, 3 golos na fase de qualificação da Liga Europa pronunciavam um possível ressurgimento. Puro engano. Não só não voltaria a marcar durante esta época, como acumulou exibições sofríveis, acrescidas de várias lesões, chegando-se naturalmente à situação de ruptura com os tifosi e, provavelmente, também com treinador e dirigentes.
Com mais um ano e meio de contrato com a vecchia signora, resta-nos torcer vivamente para que efectue uma segunda metade de temporada razoável em Parma, de forma a que, no próximo Verão, apareça algum clube interessado na sua contratação definitiva, minorizando os prejuízos de um investimento com escasso retorno.
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