Juventus leva alegria aos adeptos sauditas

Empate amigável

A Juventus deslocou-se a Jeddah na Arábia Saudita para defrontar o Al Ittihad, tendo empatado 2-2. Giovinco e Poulsen foram os autores dos tentos bianconeri.

Ferrara organizou a squadra num 4*4*2 clássico com Giovinco e De Ceglie como médios alas, apoiando a velha dupla Del Piero-Trezeguet. Coube a Marchisio a tarefa de organizador de jogo, fixando-se Poulsen como regista.

Boa prestação de Giovinco, em especial na etapa complementar. La Formica Atomica esteve bastante activo e foi, juntamente com Marchisio, o jogador mais em destaque. Em nítido crescendo de forma está Del Piero que realizou uma primeira parte bastante positiva, alicerçada na obtenção das duas assistências para golo.

Os sauditas colocaram-se em vantagem no marcador aos 11', aproveitando da melhor forma um erro de Manninger. Giovinco aos 17' e Poulsen aos 33' consumaram a reviravolta, correspondendo com eficácia aos passes de Del Piero. Em cima do intervalo o Al Ittihad empatou a partida, estabelecendo desde logo o resultado final.
A segunda metade foi bem menos interessante. Poucas oportunidades de golo, muitas substituições, dinamismo de Giovinco e desperdícios de Amauri sintetizam em grande parte os segundos quarenta e cinco minutos.

Eis como os bianconeri evoluíram em Jeddah:

Manninger (46' Chimenti); Grygera (83' Alcibiade), Legrottaglie (46' Cannavaro), Ariaudo e Molinaro (31' Grosso); Giovinco (72' Rossi), Poulsen (46' Tiago), Marchisio (67' Marrone) e De Ceglie; Trezeguet (Amauri 46') e Del Piero (67' Immobile).

Treinador: Ferrara.

A seguir o vídeo com os principais lances do último jogo do ano de 2009:

Regresso ao trabalho

Depois das férias natalícias, os jogadores da Juventus regressaram hoje aos treinos em Vinovo. Destaque para as ausências dos sul-americanos Diego, Felipe Melo e Cáceres, autorizados a regressar a Turim durante a tarde de amanhã. Em estágio com a selecção do Mali está Sissoko com vista à participação na fase final da Taça das Nações Africanas, a disputar em Angola de 10 a 31 de Janeiro de 2010.

O grupo trabalhou sob o olhar atento de Blanc, Secco e do novo vice-director geral Bettega. O treino serviu para testar a condição física de todos os presentes após as mini-férias e para preparar o encontro amigável em Jeddah, na Arábia Saudita, frente ao Al Ittihad, previsto para a próxima quarta-feira às 17h15, hora de Lisboa.

Ferrara convocou 21 jogadores para o desafio, entre os quais os jovens Pinsoglio, Alcibiade, Marrone, Rossi e Immobile de forma a colmatar as ausências dos lesionados Buffon, Camoranesi, Iaquinta, Chiellini, Salihamidzic e Zebina. Pelos motivos anteriormente referidos Diego, Felipe Melo, Sissoko e Cáceres, também falham a partida.

Boas Festas

O Bianconero Portoghese deseja a todos os leitores e amigos um Feliz Natal e um fantástico Ano Novo, de preferência com uma Juventus de regresso às grandes conquistas!

Confirmado o regresso de Bettega

A Juventus confirmou em comunicado publicado no seu site oficial o regresso de Roberto Bettega à estrutura directiva da società. O antigo avançado e vice-presidente da vecchia signora assumirá de imediato o cargo de vice-director geral, assegurando a ligação entre o presidente e director geral Jean-Claude Blanc e o departamento de futebol, representado pelo director desportivo Alessio Secco e pelo treinador Ciro Ferrara

Bobby Gol nasceu em Turim, a 27 de Dezembro de 1950, percorrendo com sucesso todos os escalões de formação dos bianconeri, até ascender à equipa principal em 1970.

Durante 13 épocas consecutivas firmou-se como um dos principais destaques da vecchia signora, vencendo sete scudetti, duas Taças de Itália e uma Taça UEFA. No total 480 partidas e 178 golos com a maglia bianconera. É o terceiro melhor goleador de sempre, atrás de Alessandro Del Piero e Giampiero Boniperti.
Em 1994 assumiu o cargo de vice-presidente da società, lugar que desempenhou até 2006. Ao contrário do director geral Luciano Moggi e do administrador Antonio Giraudo, não viu o seu nome implicado nas punições relacionadas com o Calciocaos. Passou depois a conselheiro de mercado, acabando por sair da Juve em Maio de 2007. Hoje, consuma-se o seu regresso e verdade seja dita, poucos conhecem a Juventus tão bem como Roberto Bettega.

Exigem-se mudanças!

De mal a pior, assim vai a Juventus que termina o ano com uma derrota caseira frente ao último classificado, concluindo uma série negra de cinco derrotas nas últimas seis partidas.
O estado anímico da equipa é absolutamente deplorável que, apesar do relvado gelado, actuou sobre brasas!

A primeira parte foi um verdadeiro suplício de se assistir com a Juve a não jogar rigorosamente nada! Nem uma mísera oportunidade de golo conseguiu criar durante esse período, limitando-se a despejar bolas sobre a defensiva contrária.

O Catania pouco fez, limitando-se a defender com consistência e a aproveitar da melhor maneira uma grande penalidade cometida de forma infantil por Tiago.

Felipe Melo destacou-se novamente como o pior entre os piores! O médio brasileiro deu um autêntico recital de passes falhados e Ferrara não teve outro remédio senão substitui-lo pouco depois da meia-hora de jogo...

O intervalo fez bem aos bianconeri que surgiram com outra atitude e empenho no segundo tempo, contudo, não o suficiente para praticarem um futebol vistoso e atraente, bem longe disso. Apesar do domínio o futebol da vecchia signora continuava lento e confuso, vivendo em demasia das (escassas) deambulações de Diego e das acelerações de Cáceres no corredor direito. A pressão exercida sobre o último reduto do Catania rendeu quatro ou cinco boas oportunidades de golo, no entanto apenas uma foi concretizada por intermédio de Salihamidzic.
Perto do final do encontro, a Juve desfruta de uma boa chance na sequência de um pontapé de canto, mas deixa-se surpreender de forma incrível no contra-ataque, acabando por perder de maneira quase anedótica o encontro...

Posto isto, é fácil perceber que a continuidade de Ferrara está por um fio. Equívocos de vária ordem estão a minar o trabalho do técnico, nomeadamente escolhas tácticas e técnicas duvidosas, sem esquecer a fragilidade exibicional que a equipa tem demonstrado insistentemente. O nome do holandês Guus Hiddink paira como uma sombra sobre Ciro Ferrara, embora também estejam em cogitação nomes ligados afectivamente à Juventus. Um deles é o de Gianluca Vialli, antigo avançado do clube e até o nome de Pavel Nedved já foi especulado para assumir o cargo de treinador...

Sou da opinião que Ferrara tem a sua quota-parte de responsabilidade, mas não é o principal culpado da actual crise. Os dirigentes juventini falharam quase por completo o último mercado de contratações, assim como os anteriores. Felipe Melo tem sido o principal rosto desse fiasco, mas convém lembrar as medíocres actuações de Cannavaro e Grosso, dois jogadores experientes de quem se esperava muito mais. O próprio Diego tem estado muito abaixo do que se podia esperar de um trequartista da sua categoria.
O director desportivo, Alessio Secco, vive assim dias difíceis e poderá ser uma das cabeças a rolar no organigrama directivo bianconero. Ao analisar as contratações que efectuou desde que assumiu o cargo posso afirmar, sem ressalvas, que o saldo é bastante negativo. Salva-se a aquisição de Sissoko e pouco mais. Talvez Diego, quando começar a provar efectivamente tudo o que vale. O próprio Amauri tem revelado uma ineficácia confrangedora, não se percebendo a teimosia de Ferrara em colocá-lo sistematicamente em campo. Não por acaso especulam-se diariamente nomes na imprensa italiana para o reforço do ataque bianconero em detrimento da cedência do brasileiro.

Mais que especulação tem sido insistentemente veiculado o regresso de Roberto Bettega ao staff da società juventina. É perfeitamente expectável que o regresso do antigo jogador e dirigente aos quadros bianconeri seja anunciado muito em breve.

O rol completamente absurdo de lesões prolongadas em elementos-chave do plantel também se pode considerar como um dos factores determinantes na queda de rendimento abrupta da Juventus. Del Piero, Sissoko, Marchisio e agora Iaquinta, Chiellini, novamente Sissoko e Buffon estiveram ou vão estar ausentes de vários encontros importantes, condicionando de maneira decisiva o desempenho da squadra.

Conclui-se assim que as férias de Natal vão ser tudo menos tranquilas na Corso Galileo Ferraris...

Feita a análise, eis as imagens de mais uma desilusão bianconera, a última de 2009:

Juventus 1 - 2 Catania

Série A, 17ª jornada
Estádio Olímpico em Turim
Árbitro: Pierpaoli
Assistência: 12 mil espectadores

Golos: 66' Salihamidzic; 23' Martinez (g.p) e 87' Izco

Juventus (4*3*1*2): Manninger; Cáceres, Cannavaro, Legrottaglie e Grosso; Tiago (66' Giovinco), Felipe Melo (33' Salihamidzic) e Marchisio; Diego; Amauri (70' Del Piero) e Trezeguet.
Treinador: Ferrara
Disciplina: cartão amarelo a Tiago, Cannavaro, Diego e Marchisio.

Catania (4*3*2*1): Andujar; Alvarez, Silvestre, Spolli e Capuano; Carboni, Ledesma (60' Izco) e Biagianti; Martinez e Llama (78' Bellusci); Morimoto (69' Plasmati).
Treinador: Mihajlovic
Disciplina: cartão amarelo a Morimoto.

'Match Preview': Catania

Último jogo do ano para a Juventus, com a recepção ao último classificado, Catania. Sem falar, muito menos exigir exibições agradáveis, é absolutamente imperioso a conquista de uma vitória!

Felipe Melo está de regresso ao lote dos convocados, após cumprir uma partida de suspensão. Pelo contrário, é agora a vez de Poulsen ficar um encontro de fora, devido a ter atingido o limite de cartões amarelos no desafio frente ao Bari.
Camoranesi é baixa confirmada para os próximos meses, registando-se a chamada do jovem Marrone à equipa principal.
No sector defensivo não existem dúvidas para Ferrara. A baliza ficará entregue a Manninger, enquanto Cáceres, Legrottaglie, Cannavaro e Grosso formarão o quarteto defensivo. No meio-campo Tiago, Salihamidzic e De Ceglie correm por um lugar ao lado de Felipe Melo, Marchisio e Diego. Del Piero é favorito em relação a Amauri para acompanhar Trezeguet na frente de ataque.

Convocados (20): Manninger, Chimenti, Cáceres, Grygera, Legrottaglie, Cannavaro, Ariaudo, Grosso, Molinaro, De Ceglie, Felipe Melo, Salihamidzic, Marrone, Tiago, Marchisio, Diego, Giovinco, Del Piero, Amauri e Trezeguet.

Lesionados (5): Buffon, Chiellini, Sissoko, Camoranesi e Iaquinta.

Suspenso (1): Poulsen.

HISTÓRICO
Apenas numa ocasião o Catania ousou vencer a Juventus em Turim, já lá vão 46 anos! Apesar da notória supremacia bianconera, a Juve não bate os gli elefanti em casa desde 1984. Dois golos do lendário Gaetano Scirea selaram o derradeiro triunfo.

Jogos: 11
Vitórias Juve: 7
Empates: 3
Vitórias Catania: 1
Golos: 24-8

Recordistas Juve
Presenças: Gianfranco Leoncini 6 jogos
Marcadores: Roberto Bettega 3 golos

Último jogo:
24/09/2008
4ª jornada
1-1 (Amauri; Plasmati)

Reencontro de velhos conhecidos

O sorteio dos 16 avos-de-final da Liga Europa, realizado esta manhã em Nyon, na Suíça, ditou que a Juventus irá defrontar o Ajax. Os jogos estão marcados para 18 e 25 de Fevereiro de 2010. A partida de ida disputa-se em Amsterdão e a de volta em Turim. A equipa que ultrapassar esta eliminatória encontrará nos oitavos-de-final o vencedor do embate entre os ingleses do Fulham e os ucranianos do Shakhtar Donetsk, vencedores da última edição da Taça UEFA.

Juve e Ajax já se defrontaram por dez vezes em jogos a contar para as competições da UEFA. Destaque para as finais da Champions de 1973 e 1996, disputadas em Belgrado e Roma respectivamente, com um triunfo para cada lado.
No total, os bianconeri já venceram cinco partidas diante da formação de Amsterdão, empataram três e perderam duas, com 13-8 no tocante a golos.

O Ajax é a equipa mais titulada do futebol holandês com 29 Campeonatos, 17 Taças e 7 Supertaças. No plano internacional já conquistou 4 Champions, 1 Taça das Taças, 1 Taça UEFA, 2 Taças Intercontinentais e 1 Supertaça Europeia.

Com a entrada em vigor da lei Bosman, aliada ao menor número de talentos saídos da famosa escola de campeões de Amsterdão, o Ajax entrou em declínio, deixando de figurar no topo dos emblemas do futebol europeu, passando a ocupar uma posição mais secundária e pouco consentânea com o seu riquíssimo historial.
Desde 2004 que o Ajax não vence o campeonato holandês e pelo andar da carruagem dificilmente ganhará esta temporada, visto que passadas 17 rodadas, segue na 3ª posição a 9 pontos do líder Twente e a 7 do segundo classificado, PSV.

O uruguaio Luis Suarez, de apenas 22 anos, é a grande figura da equipa. Avançado versátil, dotado tecnicamente e excelente finalizador, já leva uns incríveis 24 golos em 25 jogos esta época.
Outros jogadores influentes no esquema de Martin Jol são os catalães Oleguer e Gabri (antigos jogadores do Barcelona), o lateral camaronês Atouba, os avançados Pantelic (sérvio), Cvitanich (argentino) e Kerlon (brasileiro, emprestado pelo Inter), o experiente dinamarquês Rommedahl e os internacionais holandeses Stekelenburg (guarda-redes) e De Zeeuw (centrocampista).

Buffon operado com sucesso

Gigi Buffon foi operado hoje pela manhã ao menisco do joelho esquerdo, dois meses após ter revelado a gravidade da lesão, devendo ficar afastado dos relvados durante cerca de 40 dias.

A intervenção cirúrgica demorou cerca de dez minutos e decorreu inteiramente conforme o previsto.
O portiere bianconero falhará assim as partidas com Catania, Parma, Milan e Chievo, válidas para a Série A e o encontro com o Nápoles a contar para os oitavos-de-final da Taça de Itália, apontando-se o seu possível regresso para a recepção à Roma, no próximo dia 24 de Janeiro de 2010. Até lá, caberá a Alex Manninger a responsabilidade de o substituir.

Bater no fundo...

Não se pode apontar falta de profissionalismo ou défice de atitude competitiva aos jogadores da Juventus, mas a verdade é que com a temporada em fase suficientemente avançada, a equipa tarda em encontrar um modelo e estilo de jogo consentâneo com o valor individual dos seus jogadores.

Desta vez, bastou um Bari pouco mais que organizado e voluntarioso para humilhar a vecchia signora, desastrosa no sector defensivo e ineficaz no ataque. Cannavaro, autêntica sombra do enorme central que já foi, e Amauri, revelador de uma inoperância confrangedora, patenteiam na perfeição tudo o que de mau a Juventus (não) produziu no San Nicola.

Alguma surpresa na titularidade de Molinaro em detrimento de Grosso. Tiago e Poulsen juntaram-se a Marchisio no meio-campo, enquanto Amauri regressou ao onze, formando dupla de ataque com Trezeguet.
O Bari, privado de elementos importantes como Ranocchia, Parisi e Kutuzov, apresentou o maliano Diamoutene no eixo central da defesa, apostando forte na velocidade dos atacantes Alvarez, Meggiorini e Barreto.

Ainda a partida se encontrava na chamada fase de estudo e já o Bari se adiantava no marcador! Marchisio foi pouco lesto a aliviar uma bola à entrada da grande área, permitindo o desarme e o remate imediato de Meggiorini, desviado em Legrottaglie, batendo inapelavelmente Buffon! Péssimo início para a Juventus, que se via em desvantagem logo ao sétimo minuto.

No entanto, a equipa bianconera reagiu de forma positiva, não demorando muito a assumir o controlo do jogo, embora a dinâmica e a velocidade impostas estivessem longe de serem as mais desejáveis, beneficiando claramente a estrutura defensiva do Bari que segurava a vantagem sem grandes problemas.

Apenas aos 18' o perigo rondou a baliza de Gillet, na sequência de uma boa jogada entre Marchisio e Amauri, com o brasileiro a concluir de forma completamente desastrada.

O Bari não descura o ataque e está pertíssimo do segundo golo aos 22'. Pontapé livre na direita apontado por Almirón, a cruzar para a entrada da pequena área, onde surgiu completamente sozinho Bonucci, a desviar para fora!

No minuto seguinte rápido contra-ataque conduzido por Diego, aguentando a carga de um defesa contrário e disparando rasteiro, à entrada da área, para defesa incompleta de Gillet. Trezeguet, bastante oportuno, concluiu com sucesso a fácil recarga! Juve empatava a partida!

O encontro prosseguiu então em toada de equilíbrio, com um futebol algo confuso de parte a parte, num relvado longe das melhores condições. E quando parecia que o desafio iria empatado para o intervalo, eis que surge uma arrancada estonteante de Barreto, a confundir por completo Cannavaro, que não evitou o contacto físico, cometendo grande penalidade. Muito mal o central bianconero, a revelar-se incapaz de fazer a cobertura adequada e a provocar uma falta perfeitamente escusada...

O mesmo Barreto não teve contemplações, enganando Buffon na cobrança do castigo máximo. 2-1 para o Bari.

Os bianconeri surgiram melhor no recomeço, aumentando o ritmo de jogo, encostando o Bari atrás, estando mais perto do golo, mas também mais sujeitos às contra-investidas contrárias.
Trezeguet deu o mote aos 51', valendo a excelente intervenção do guardião belga a impedir o tento do francês. Tiago surgiu bem por duas vezes em zona de finalização, mas esteve infeliz no concluir dos lances. Ambos os desvios do português, 62' e 66', saíram perto dos ferros da baliza de Gillet.

O Bari responde no minuto seguinte, na sequência de uma grande arrancada do recém-entrado Kamata pela esquerda, a cruzar para o coração da área bianconera, onde surgiu Meggiorini a desperdiçar tamanho ensejo, permitindo a defesa a Buffon!

O jogo passava pela sua fase mais veloz e Grosso, entrado em campo há pouco mais de 1 minuto no lugar do opaco Molinaro, arranca pela faixa esquerda, dribla Masiello e quando se prepara para ganhar a linha de fundo é derrubado por Almirón! Penalty para a Juventus!

Diego prepara-se para converter a grande penalidade. Luz proveniente de um laser na bancada tenta desestabilizar a concentração do jogador. O trequartista afirmaria no final do encontro que não foi prejudicado pela luz incidente na sua face e olhos. A verdade é que o penalty foi extremamente mal cobrado, passando a bola bastante por cima do travessão! Momento importante e quiçá decisivo do encontro com a Juventus a desperdiçar oportunidade soberana para chegar à igualdade.

O falhanço tem influência no rendimento dos bianconeri. O tempo vai passando e a squadra de Ferrara não encontra antídotos para ultrapassar a bem escalonada defensiva contrária. Camoranesi substitui Tiago a cerca de um quarto de hora do final, mas daí nada advém de positivo, bem pelo contrário, já que o ítalo-argentino se lesionaria com alguma gravidade pouco antes do final, dando o lugar a Giovinco.

Para piorar ainda mais as coisas, o Bari chegaria ao 3-1 a cerca de dez minutos do final! Falha de marcação na cobertura à entrada da área após um pontapé de canto, com Almirón a encher o pé e a desfeitear Buffon! Óptimo pontapé de primeira do argentino, a colocar a bola fora do alcance do número 1 bianconero! Curiosamente, Almirón ainda é jogador da Juventus, estando cedido por empréstimo ao Bari...

Até final, a Juve carregou de forma avassaladora sobre o último reduto contrário, sempre mais com o coração do que com a cabeça. A velocidade de Giovinco fez alguns estragos com Poulsen e o desastrado Amauri a estarem perto do golo várias vezes. A vecchia signora expunha-se em grande escala aos contra-ataques do Bari e faltou apenas um pouco de classe e calma a Alvarez para construir um resultado ainda mais mais humilhante para os juventini...

Eis o vídeo com o resumo da partida que marca a quarta derrota da Juventus nas últimas cinco partidas:

Bari 3 - 1 Juventus

Série A, 16ª jornada

Estádio San Nicola em Bari
Árbitro: Tagliavento
Assistência: 52 mil espectadores

Golos: 7' Meggiorini, 44' Barreto (g.p.) e 81' Almiron; 23' Trezeguet

Bari (4*4*2): Gillet; Masiello, Diamoutene, Bonucci e Stellini; Alvarez, Donati, Almiron e Rivas (63' Kamata); Meggiorini (71' Gazzi) e Barreto (61'Greco).
Treinador: Ventura
Disciplina: cartão amarelo a Meggiorini e Almiron.

Juventus (4*3*1*2): Buffon; Cáceres, Legrottaglie, Cannavaro e Molinaro (66' Grosso); Marchisio, Poulsen, Tiago (75' Camoranesi, 86' Giovinco); Diego; Amauri e Trezeguet.
Treinador: Ferrara
Disciplina: cartão amarelo a Tiago, Cannavaro e Poulsen.

'Match Preview': Bari

Chiellini e Sissoko continuam ausentes devido a problemas musculares, devem voltar apenas em 2010. Felipe Melo está castigado na sequência da expulsão no último jogo. Destaque para a chamada do jovem Marrone à formação principal.
Poulsen e Tiago deverão alinhar de início, juntando-se a Marchisio e Diego no sector intermediário. Amauri e Trezeguet formarão a dupla atacante, enquanto na defesa não são expectáveis alterações relativamente à última partida.

Convocados (22): Buffon, Manninger, Chimenti, Zebina, Grygera, Cáceres, Cannavaro, Legrottaglie, Molinaro, Grosso, De Ceglie, Salihamidzic, Poulsen, Marchisio, Tiago, Marrone, Camoranesi, Diego, Giovinco, Del Piero, Amauri e Trezeguet.

Lesionados (3): Chiellini, Sissoko e Iaquinta.

Suspenso (1): Felipe Melo.

HISTÓRICO
Quase nove anos depois a Juventus volta a jogar em Bari. Na altura, os bianconeri venceram graças a um golo fantástico de Del Piero, obtido já bem perto do apito afinal. Il capitano alinhou em condições tremendamente difíceis devido à morte recente do seu pai.

O Bari não vence a Juve no San Nicola desde 1990.

Jogos: 28
Vitórias Bari: 5
Empates: 11
Vitórias Juve: 12
Golos: 25-43

Recordistas Juve
Presenças: Teobaldo Depetrini 9 jogos
Marcadores: Guglielmo Gabetto 4 golos

Último jogo:
18/01/2001
2ª jornada da 2ª volta
0-1 (Del Piero)

Resultados da 34ª e 35ª sondagem

Poucos golos terão sido marcados com tanta elegância como o apontado por Nedved na ArenA de Amesterdão. Depois de jogada de envolvimento entre Del Piero e Camoranesi, o passe do italo-argentino encontrou o checo em zona frontal, que colocou rapidamente a bola no ângulo superior direito da baliza de Stekelenburg. Um gesto técnico pleno de instinto, classe e espectacularidade, que valeu o triunfo aos bianconeri no jogo inaugural da Champions 2004/05.

Sem grande surpresa os leitores do Bianconero Portoghese escolheram o golo de La Furia Ceca frente ao Ajax como o melhor da sua carreira ao serviço da Juventus. Pode ver ou rever aqui este e os restantes golos nomeados.

Relativamente aos resultados das partidas defronte de Inter e Bayern ninguém acertou, ou seja, não houve nenhum leitor a apostar simultaneamente na vitória frente aos nerazzurri e na derrota perante os bávaros.

Entretanto, já se encontra há vários dias em votação uma nova sondagem onde se questionam os estimados leitores sobre quem é o jogador bianconero do ano de 2009, o que mais se destacou pela positiva.
Del Piero foi eleito jogador do ano em 2007 e 2008. Fará este ano o tri ou teremos novo vencedor?

Humilhante...

A Juventus acaba de viver uma das noites europeias mais negras da sua história ao ser goleada em casa pelo Bayern de Munique por quatro bolas a uma, sendo assim afastada da Liga dos Campeões de forma perfeitamente humilhante.

Os bianconeri até estiveram em vantagem no marcador, mantiveram o desafio equilibrado até cerca dos 25 minutos, altura em que os bávaros começaram a imprimir um ritmo avassalador, não tardando a dizimar por completo uma vecchia signora bastante frágil fisicamente e na abordagem às bolas aéreas defensivas.

Privado de duas peças fundamentais como são Chiellini e Sissoko, Ferrara não inventou, colocando em campo as opções mais lógicas, ou seja, Legrottaglie e Camoranesi. A única alteração não forçada relativamente à partida com o Inter deu-se com a entrada de Trezeguet em detrimento de Amauri.
Van Gaal optou por deixar Robben no banco de suplentes, lançando um 4*4*2 clássico com Schweinsteiger na zona central da intermediária, e Müller e Pranjic sobre as faixas. Na frente, o veloz Olic e o possante Gómez.

A partida principiou com excelente ritmo, toada de parada e resposta comprovando o epíteto de final antecipada que o confronto despertou.
Primeira oportunidade para o Bayern aos 11'. Livre de Schweinsteiger com Buffon a afastar a punhos para fora da área. Segunda vaga bávara, cruzamento de Van Bommel, para Olic cabecear ao poste! Muito bom o movimento do avançado croata, a ganhar posição entre Cáceres e Felipe Melo e a finalizar com toda a intencionalidade, sorte para a Juventus!

O Bayern detinha agora mais posse de bola, mas a Juve conseguia efectuar uma zona de pressão bastante alta, obrigando os defesas germânicos a efectuarem lançamentos compridos ou a cometerem erros. E foi exactamente num desses erros que os bianconeri se adiantaram no marcador! Demichelis tenta sair com a bola controlada da sua linha defensiva, mas é parado por Diego, sobrando a bola para Marchisio, que não perdeu tempo e assistiu de forma magistral Trezeguet. O bomber franco-argentino agradeceu o passe e disparou de primeira, apontando um belo golo! Excelente visão de jogo de Marchisio e melhor ainda a conclusão de Trezegol! A Juve adiantava-se e os oitavos-de-final pareciam bem mais próximos...

Feridos no orgulho, os bávaros deixaram então de lado todas as preocupações tácticas e aceleraram ainda mais o ritmo de jogo. A Juve dava mostras de menor fulgor físico (que falta fizeram Chiellini e Sissoko...) e com tudo isso o Bayern começou a carregar de forma avassaladora sobre o último reduto bianconero. A partir dos 25' a pressão passou a ser tão asfixiante que a vecchia signora já mal conseguia sair sequer do seu próprio meio-campo! Adivinhava-se o golo para os germânicos e este não tardou... Legrottaglie é desarmado ainda bem antes da sua linha de meio-campo por Van Bommel. A bola sobra para Pranjic, que lança Olic nas costas de Cáceres. O dianteiro protege a bola de forma exímia, em jeito de convite ao uruguaio para tentar o corte. O jovem defesa não teve tarimba e a calma necessárias para situações do género e tentou mesmo o desarme, acabando por provocar contacto físico, com o árbitro a assinalar com toda a naturalidade a respectiva grande penalidade. O guardião Butt é especialista na cobrança de castigos máximos e não deu a mínima hipótese a Buffon, empatando o encontro.
A obtenção do golo animou ainda mais os bávaros que, cientes da sua superioridade, continuaram em busca da qualificação, perante uma Juve amorfa, apática, sem chama nem garra. Os espaços dados no corredor central a Schweinsteiger eram perfeitamente ridículos - sabendo-se da qualidade e potência do alemão nos remates de longa distância - e este não se fez rogado, ficando bastante perto do golo aos 31' e 41'.

No recomeço surge Poulsen no lugar de Del Piero. A ideia de Ferrara era compreensível, tentar equilibrar as operações a meio-campo, mas a verdade é que não alterou em nada o cariz do jogo.
Aos 51', Diego demora uma eternidade a livrar-se da bola nas imediações da sua grande área, é naturalmente desarmado, com Pranjic a rematar de sinistro, valendo o desvio em Cannavaro. Na sequência do lance, pontapé de canto com Buffon a afastar a bola a punhos, o Bayern carrega, Van Bommel cruza, Felipe Melo falha o corte e Van Buyten cabeceia para golo! Buffon consegue a muito custo defender, mas nada pode fazer na recarga de Olic! 2-1 para o Bayern, a Juve estava fora da Champions!
Faltava ainda bastante tempo de jogo, mas ficou no ar a ideia que esta Juventus seria completamente incapaz de dar a volta à situação, tal era a falta de qualidade do seu jogo. Para se ter uma pequena ideia da insipiência atacante bianconera, a única vez que esteve perto da igualdade foi aos 66' numa insistência de Cáceres pelo corredor direito, a ganhar a linha de fundo e a cruzar atrasado para Trezeguet desviar, mas a bola saiu rente ao travessão da baliza de Butt! Pouco, muito pouco para quem ambicionava continuar entre os gigantes europeus...
Amauri e Giovinco, as únicas alternativas atacantes à disposição de Ferrara no banco de suplentes, foram ainda lançadas no jogo, mas nada fazia alterar o rumo do desafio. Simplesmente confrangedor o deserto de ideias que varreu a equipa bianconera na noite de hoje. Os ânimos estavam exaltados entre os adeptos juventini - Diego e Felipe Melo não foram poupados no momento em que foram substituídos - e piorar ainda ficaram quando o Bayern chegou ao 3-1, aproveitando novamente uma falha da Juve num lance de bola parada aérea. Pontapé de canto de Badstuber ao primeiro poste para o cabeceamento de Van Buyten, a bola desvia em Legrottaglie e encaminha-se para a baliza. Buffon, quase miraculosamente, ainda impede o esférico de entrar, mas Gómez na recarga marca mesmo e confirma o Bayern na segunda fase da Champions!
Os minutos finais foram verdadeiramente penosos para os adeptos bianconeri. Muitos aproveitaram para sair antes do apito final e já não viram in loco o quarto golo dos bávaros, apontado pelo ucraniano Tymoshchuk, num bom remate de meia distância, a aproveitar as tremendas facilidades consentidas pela defesa juventina.

Não creio que a responsabilidade deste tremendo revés passe apenas pela incapacidade de Ferrara em idealizar e manter um esquema táctico consentâneo com as características dos seus jogadores. A intermitência exibicional da equipa tem sido uma constante assim como o fraco rendimento das contratações do último Verão (Diego, Felipe Melo e Grosso) tem sido continuamente e cada vez mais colocado em causa, em especial a dos brasileiros, bastantes dispendiosas para os cofres bianconeri. O retorno até ao momento de tamanho investimento tem sido mínimo.
Outro factor merecedor de ampla reflexão é o anormal número de lesões sofridas pelos jogadores da vecchia signora, em especial mazelas musculares. Agora, foram Chiellini e Sissoko a ficar fora de combate, provavelmente os dois jogadores mais preponderantes e fundamentais na actual Juventus. Assim, não há equipa que resista...
E agora? O que fazer para sarar rapidamente as feridas de uma derrota e consequente eliminação humilhantes? Até final do ano civil estão aí dois encontros tremendamente importantes, frente a equipas que, em condições normais, seriam consideradas acessíveis, Bari e Catania. São absolutamente imperiosas duas vitórias de forma a manter viva a esperança de continuar na luta pelo scudetto. A crise bianconera segue dentro de momentos...

Eis o vídeo com os golos do desafio:

Juventus 1 - 4 Bayern Munique

Champions, Grupo A - 6ª jornada
Estádio Olímpico em Turim
Árbitro: Busacca (Suíça)
Assistência: 26 mil espectadores

Golos: 19' Trezeguet; 30' Butt (g.p.), 52' Olic, 83' Gómez e 90'+2 Tymoshchuk

Juventus (4*3*1*2): Buffon; Cáceres, Legrottaglie, Cannavaro e Grosso; Camoranesi, Felipe Melo (81' Giovinco) e Marchisio; Diego (65' Amauri); Trezeguet e Del Piero (46' Poulsen).
Treinador: Ferrara
Disciplina: nada a assinalar.

Bayern Munique (4*4*2): Butt; Lahm, Van Buyten, Demichelis e Badstuber; Müller, Van Bommel, Schweinsteiger e Pranjic (72' Robben); Gómez e Olic (89' Tymoshchuk).
Treinador: Van Gaal
Disciplina: cartão amarelo a Pranjic, Schweinsteiger e Demichelis.

'Match Preview': Bayern Munique

As notícias não são muito animadoras a poucas horas do confronto decisivo com o Bayern visto que Chiellini e Sissoko estão fora do jogo e Buffon permanece em dúvida praticamente até ao apito inicial.

O defesa central sofreu uma lesão muscular na coxa direita nos instantes finais do desafio com o Inter. Os exames realizados concluíram que Chiello ficará de fora das opções de Ferrara durante cerca de 20 dias.
O centrocampista maliano contraiu um problema muscular na coxa esquerda durante a última sessão de treinos e mesmo estando entre os convocados é baixa garantida para a recepção aos bávaros.
Durante os últimos meses, o guardião bianconero tem jogado com fortes dores no joelho esquerdo devido à fractura do menisco. A lesão agravou-se durante o desafio com o Inter, mas conhecendo a forte personalidade de Buffon é bastante provável que defenda a baliza juventina diante do Bayern, devendo ser submetido a uma intervenção cirúrgica à zona afectada na próxima quarta-feira.
Com todos estes inconvenientes é praticamente certa a titularidade de Legrottaglie e Camoranesi. Manninger está de prevenção, caso Buffon não esteja em condições. O restante da equipa deverá ser exactamente a mesma que defrontou o Inter, com a excepção a passar pela entrada de Trezeguet em detrimento de Amauri.

Convocados (24): Buffon, Manninger, Chimenti, Cáceres, Zebina, Grygera, Legrottaglie, Cannavaro, Ariaudo, Grosso, Molinaro, De Ceglie, Salihamidzic, Poulsen, Felipe Melo, Sissoko, Tiago, Marchisio, Camoranesi, Diego, Giovinco, Del Piero, Amauri e Trezeguet.

Lesionados (3): Chiellini, Sissoko e Iaquinta.

HISTÓRICO
Bianconeri e bávaros já se defrontaram por duas vezes em Turim para a Liga dos Campeões, ambas na fase de grupos, temporadas 2004/05 e 2005/06, com a Juventus a sair vitoriosa nas duas ocasiões.

Jogos: 2
Vitórias Juve: 2
Golos: 3-1

Recordistas Juve
Presenças: Camoranesi, Cannavaro, Del Piero, Emerson, Ibrahimovic, Nedved, Thuram e Zambrotta 2 jogos
Marcadores: Trezeguet 2 golos

Último jogo:
2/11/2005
4ª jornada
2-1 [Trezeguet (2); Deisler]

Golaço de Marchisio reabre campeonato

Golos, emoção, intensidade e polémica não faltaram ao derby d'Italia! A Juve saiu vencedora graças a um golo fantástico de Marchisio, reduzindo desta maneira a desvantagem pontual para o líder Inter.
Desta vez, a estrelinha da sorte esteve do lado dos bianconeri que apontaram o golo decisivo logo na jogada imediatamente a seguir à qual os nerazzurri desperdiçaram uma chance soberana. O desafio ficou ainda marcado pelos muitos nervos que levaram às expulsões de Mourinho e Felipe Melo, entre outros casos menos dignificantes.

Ferrara mudou novamente o esquema táctico, regressando ao meio-campo em losango com Sissoko e Marchisio como médios de transição, Felipe Melo no vértice mais recuado e Diego como organizador. Na frente, Del Piero e Amauri.
Sem Maicon e Sneijder, Mourinho manteve a estrutura habitual, recuando Zanetti para a lateral direita e adiantando Stankovic no meio-campo. Muntari e Thiago Motta juntaram-se a Cambiasso na intermediária, enquanto Eto'o e Milito formavam a habitual dupla atacante.

O desafio começa de forma electrizante com a Juventus a ser impulsionada para o ataque pelo público que esgotava o Olímpico. Aos 5' Amauri assiste Sissoko que não consegue finalizar da melhor forma, devido a Muntari que forçou o contacto físico com o maliano. Ficam muitas dúvidas sobre a legalidade do lance, Saccani mandou prosseguir. Dois minutos depois, novamente Amauri e Sissoko na jogada, valendo a antecipação de Motta a evitar males maiores para os nerazzurri.
O Inter reage e aos 9' Milito tem uma boa incursão pela direita, solicitando a entrada de Stankovic ao primeiro poste. Cáceres estava atento e antecipou-se ao sérvio, cedendo pontapé de canto. Na sequência, Samuel embrulha-se com Cannavaro, recaindo muitas dúvidas sobre a acção do central bianconero.
O jogo cai então numa toada de enorme equilíbrio, bastante disputado a meio-campo, com a vertente física a ditar leis. A falta de espaço impera, sucedendo-se os lances faltosos de parte a parte.
Minuto 20: livre de Diego na direita, Chiellini consegue o cabeceamento, mas a bola desvia em Del Piero e depois em Felipe Melo, traindo de forma absolutamente incrível Júlio César! Estava feito o primeiro golo da noite! Mourinho aplaudiu de forma irónica e Saccani não teve contemplações, expulsando de imediato o treinador português! De facto, é discutível a acção de Samuel sobre Del Piero no lance que origina a falta e o golo.
O Inter puxa então dos galões de campeão e parte com tudo para cima da Juventus. O primeiro aviso é dado aos 25' numa bela cabeçada de Samuel, após livre de Cambiasso. No entanto, Buffon consegue deter a marcha do esférico. Os nerazzurri não desarmam e chegam à igualdade no minuto seguinte. Livre na direita cobrado por Cambiasso, toca rápido para Stankovic que, sem qualquer espécie de oposição (onde andava Grosso?), cruza largo ao segundo poste para Eto'o, também ele completamente sozinho, cabecear para o fundo das redes de Buffon! Muitas culpas para a defensiva bianconera, não é admissível a lentidão com que atacou o lance, facilitando em demasia a tarefa ao adversário...
O encontro regressa à toada de equilíbrio a meio-campo, com a combatividade e intensidade na disputa dos lances a serem assinaláveis. Registo apenas para uma rotação de Del Piero aos 39', para defesa fácil de Júlio César.

O segundo tempo principiou no mesmo registo, com a Juventus a mostrar-se incapaz de tomar conta das operações a meio-campo, perante um Inter seguro de si, personalizado e a demonstrar possuir o jogo perfeitamente controlado.
A vecchia signora apenas se aproxima do último reduto contrário aos 54', através de um remate de longe de Diego, para defesa segura de Júlio César. O Inter parecia mais forte e esteve perto de marcar aos 58'. Jogada de contra-ataque com Milito, Stankovic e Eto'o como protagonistas. A aflição e o desespero na defesa juventina foram evidentes, mas a bola acabou por parar nas mãos de Buffon, que lançou rapidamente a contra-ofensiva em Marchisio. O médio bianconero progrediu velozmente pela esquerda, viu bem Sissoko solto no corredor central e endossou-lhe a bola. O maliano avançou até à proximidade da grande área e rematou rasteiro, cruzado, para defesa incompleta de Júlio César, sobrando a bola para Marchisio que, com um extraordinário jogo de pés, tira por completo Samuel do lance e pica a bola à saída do guardião brasileiro, apontando um golo simplesmente fantástico! Explosão de alegria no Olímpico! A Juventus marca num momento bastante complicado, melhor seria impossível!
O golo dá um enorme alento aos bianconeri, que se transfiguram, controlando por completo as investidas contrárias. Mourinho dá mais profundidade ofensiva ao Inter, lançando Balotelli e Mancini. Ferrara responde com as entradas de Camoranesi e Poulsen, que asseguram a manutenção da supremacia juventina na intermediária.
Aos 85' Balotelli comete falta sobre Felipe Melo, que tenta acertar uma cotovelada no nerazzurro. Saccani analisa bem o lance e mostra cartão amarelo ao brasileiro, seria o segundo, vendo em seguida o respectivo vermelho. A simulação de Balotelli, a enésima, funciona como rastilho, originando uma enorme confusão entre os jogadores de ambas as equipas. Buffon e Motta trocam empurrões e Chivu manda uma cabeçada em Sissoko, que passaria impune à equipa de arbitragem...
Os minutos finais foram dramáticos para a vecchia signora. Reduzida a 10 unidades, concentrou todos os esforços em garantir o precioso triunfo. Materazzi ainda entrou para ponta de lança, mas nada feito. A Juventus manteria a vantagem no marcador, reduzindo a vantagem do Inter para 5 pontos. O campeonato está novamente aberto e a corrida parece ser a três, já que o Milan passa por excelente fase.

Eis o vídeo com os highlights do derby d'Italia:

Juventus 2 - 1 Inter

Série A, 15ª jornada
Estádio Olímpico em Turim
Árbitro: Saccani
Assistência: 26 mil espectadores

Golos: 20' Chiellini e 58' Marchisio; 26' Eto'o

Juventus (4*3*1*2): Buffon; Cáceres, Cannavaro, Chiellini e Grosso; Sissoko, Felipe Melo e Marchisio (80' Poulsen); Diego (90' Grygera); Del Piero (71' Camoranesi) e Amauri.
Treinador: Ferrara
Disciplina: cartão amarelo a Felipe Melo, Grosso, Amauri e Cáceres.
Cartão vermelho a Felipe Melo por acumulação de amarelos aos 87'.

Inter (4*3*1*2): Júlio César; Zanetti, Lucio, Samuel (89' Materazzi) e Chivu; Muntari (60' Balotelli), Cambiasso (78' Mancini) e Thiago Motta; Stankovic; Eto’o e Milito.
Treinador: Mourinho
Disciplina: cartão amarelo a Muntari e Samuel.
Mourinho expulso aos 21'.

'Match Preview': Inter

Excelente notícia para a Juventus com a recuperação de Trezeguet, cerca de 15 dias antes da data inicialmente prevista. Ferrara ganha um reforço de peso para o sector atacante, que tem andado arredado da festa do golo.

Iaquinta e Salihamidzic são os únicos lesionados do plantel, enquanto Ariaudo fica de fora dos convocados por opção técnica.
Ferrara ensaiou durante a semana de trabalho o regresso ao meio-campo em losango e são várias as hipóteses para o sector. Partindo do princípio que Sissoko e Diego são intocáveis, sobram duas vagas para disputar entre Felipe Melo, Marchisio, Camoranesi e Poulsen.
A dupla atacante será constituída por Amauri e Del Piero enquanto que na retaguarda deverão alinhar Cáceres, Cannavaro, Chiellini e Grosso, com Buffon na baliza.

Convocados (23): Buffon, Manninger, Chimenti, Grygera, Zebina, Cáceres, Legrottaglie, Cannavaro, Chiellini, Grosso, Molinaro, De Ceglie, Poulsen, Felipe Melo, Sissoko, Marchisio, Tiago, Camoranesi, Diego, Giovinco, Del Piero, Amauri e Trezeguet.

Lesionados (2): Salihamidzic e Iaquinta.

HISTÓRICO
Dispensa apresentações o confronto entre bianconeri e nerazzurri, não é por acaso que é conhecido como o derby d'Italia. Em Turim, a vantagem da Juve é clara e inequívoca. Contudo, regista-se um certo equilíbrio nos últimos anos, com o penúltimo triunfo da vecchia signora a datar de Março de 2003, uma retumbante vitória por três bolas a zero com golos de Guly na própria baliza, Nedved e Camoranesi (ver vídeo no final do post).

Jogos: 76
Vitórias Juve: 52
Empates: 14
Vitórias Inter: 10
Golos: 137-60

Recordistas Juve
Presenças: Giampiero Boniperti 14 jogos
Marcadores: Omar Sivori 7 golos

Último jogo:
18/04/2009
13ª jornada da 2ª volta
1-1 (Grygera; Balotelli)